Em 15 de junho de 2007, foi protocolado pela Araguaia Níquel Metais no então Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), hoje Agência Nacional de Mineração (ANM), um pedido para farejar ouro num raio de quase 10 mil hectares entre os municípios de Curionópolis e Parauapebas. No dia 22 de dezembro de 2011, a bola foi passada à empresa Rio Forte Mineração, que jogou no colo da Rio Minas Mineração, em 17 de agosto de 2013, a ideia da pesquisa da substância.
Ocorre, porém, que em 28 de maio de 2014 a Rio Minas comunicou ao DNPM a ocorrência de outra substância: minério de ferro. Nada muito estranho, considerando-se o fato de que o maior cinturão conhecido do metal no país está exatamente nessa região. A ideia de caçar ouro foi praticamente abandonada pela necessidade de avaliar o tamanho da jazida de ferro à vista.
Seria um novo Carajás dentro da própria província mineral de Carajás? Quantas toneladas de minério há nessa nova frente? Sua exploração é viável comercialmente? Para responder a todas essas perguntas, a Rio Minas recauchutou o processo iniciado em 2007 e pediu à ANM autorização para pesquisar ferro. Na edição desta sexta-feira (20) do Diário Oficial da União (DOU) foi publicado um despacho (veja aqui) do Ministério de Minas e Energia, por meio da gerência regional da ANM no Pará, aprovando o relatório de pesquisa da Rio Minas para investigação de minério de ferro, embora com redução de área, que passou dos quase 10 mil hectares para algo em torno de 5.700 hectares. A maior parte da identificação do minério está dentro dos limites de Curionópolis, que, numa eventual e futura implantação de projeto, seria o maior beneficiado com taxas, impostos e compensações financeiras. Resta, agora, aguardar os próximos capítulos pela saga do metal.