As transações comerciais das riquezas paraenses foram reduzidas em um terço no mês de maio em relação ao mesmo período do ano passado. Foram exportados 1,213 bilhão de dólares em produtos da terra ante 1,612 bilhão de dólares em 2019. E o volume despencou também 20% na comparação com abril deste ano, quando foram transacionados com o exterior 1,456 bilhão em commodities. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu junto ao Ministério da Economia, que liberou os dados regionalizados dos negócios no final de semana.
Em maio, o Pará despencou para a 7ª colocação no ranking de exportações entre as Unidades da Federação, embora no acumulado do ano permaneça em 5º lugar, com 6,76 bilhões de dólares. É, ainda assim, um resultado melhor que o registrado nos cinco primeiros meses do ano passado, quando o estado totalizava 5,697 bilhões.
A queda de maio foi puxada pelo minério de ferro, que despencou quase 500 milhões de dólares no comparativo com o ano passado em meio à pandemia da Covid-19, que pegou com força os municípios mineradores de Parauapebas e Canaã dos Carajás. Esses lugares, que sediam os principais projetos da mineradora multinacional Vale no Brasil, detêm hoje algumas das maiores taxas de infecção por coronavírus do país.
No Pará, no mês passado foram transacionados 603 milhões de dólares em minério de ferro. Já no mesmo período de 2019 os embarques somaram 1,094 bilhão de dólares. O baque em relação às exportações do ano passado foi de 45%, a maior redução da commodity paraense já registrada desde o início da série histórica da balança comercial.
Cobre, alumínio e soja
Outras commodities minerais de importância para a balança, como o cobre e o alumínio, tiveram desempenho melhor. O cobre rendeu 161,5 milhões de dólares em maio deste ano, mais que os 141,1 milhões do ano passado. O alumínio disparou a 150,1 milhões de dólares frente aos 110 milhões do ano passado. Cobre e alumínio, juntamente com o ferro, são os produtos mais valiosos do Pará lá fora.