Uma medida publicada nesta terça-feira (26) no Diário Oficial da União (DOU) vai deixar em polvorosa quem tomou ou pretende tomar empréstimo para tocar negócios no Pará. É que o Ministério da Economia está contratando empresa para prestar serviços fiscalização de empreendimentos de garantias vinculadas a financiamentos de crédito e de empreendimentos vinculados a programas e projetos com recursos não reembolsáveis.
Na prática, o Banco do Brasil — estatal vinculada ao Ministério da Economia e que concede empréstimos — quer saber se os serviços programados para cada etapa de liberação do crédito foram realizados; se os bens adquiridos conferem com as especificações do instrumento de crédito ou orçamento; se o estágio dos serviços e das obras encontra-se dentro do previsto no cronograma físico-financeiro; e tomar conhecimento acerca de previsão para conclusão dos serviços e das obras, desenvolvimento e resultado das atividades financiadas, além da existência de fatores que possam ameaçar o retorno dos capitais do BB, entre outros aspectos.
Estabelecimentos rurais e comerciais das regiões de Marabá, Redenção, Paragominas e Santarém estão na mira da pasta criada pelo governo de Jair Bolsonaro. A contratada para realizar a empreitada é a empresa Arades Agronegócios. A publicação pode ser conferida aqui.
O Pará tem, de acordo com o Censo Agropecuário 2017 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 281,7 mil estabelecimentos agropecuários nos quais 975 mil pessoas estão ocupadas, trabalhando. São cerca de 7,4 mil estabelecimentos em Santarém, 5,3 mil em Marabá, 1,4 mil em Paragominas e aproximadamente mil em Redenção.