A capital do Pará, Belém, foi a cidade escolhida pelo Ministério da Saúde para encerrar, nesta sexta-feira (5), a 11ª edição da Caravana Federativa, que percorreu diversos estados brasileiros, com o objetivo de aproximar órgãos federais de gestores municipais. Os participantes contam com atendimento personalizado para esclarecer dúvidas, solucionar pendências, buscar apoio e identificar maneiras de melhorar os serviços oferecidos nos municípios.
Segundo o Ministério da Saúde, a Caravana Federativa leva atendimento e soluções aos municípios de todo o Brasil, e no Pará, as equipes realizaram 144 atendimentos a 30 municípios ao longo de dois dias de atividade, encerrando em Belém. O evento itinerante interministerial já passou por outros dez estados.
Em Marituba, a 11 quilômetros da capital do estado, duas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), a retomada da obra da Academia da Saúde e um Centro de Assistência Psicossocial (Caps) infantil são obras que beneficiarão milhares de habitantes. “Recebemos a notícia há dois meses e estamos na fase de enviar a documentação para aprovação do projeto e já iniciar as obras,” afirma Vitória Figueiredo Reza, secretária de Saúde do município. As unidades fazem parte das entregas do novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), que investirá mais de R$ 31,5 bilhões na assistência à população pelo SUS.
Caravana Federativa Pará em números gerais:
- 2215 inscritos
- 1123 participantes
- 1033 atendimentos
- 104 municípios representados
- 4 ministros presentes
- 4 deputados federais presentes
- 2 deputados estaduais presentes
- 38 prefeitos presentes
Pará aguarda resultado de 590 vagas a serem preenchidas no programa Mais Médicos
O Ministério da Saúde anunciou em maio um edital para inscrições ao programa Mais Médicos: 5.970 vagas serão distribuídas em 1.994 cidades em todas as regiões do Brasil, sendo 590 no Pará. Será dada prioridade para médicos brasileiros, formados em universidades nacionais.
Médicos brasileiros formados no exterior e estrangeiros poderão participar. Eles atuarão com Registro do Ministério da Saúde (RMS) em vagas que não tenham sido ocupadas pelos formados no Brasil.
Criado em 2013, durante o governo de Dilma Rousseff (PT), o programa visa garantir atendimento médico em locais afastados e áreas mais vulneráveis. Os aprovados deveriam assumir seus postos no fim de junho, segundo o ministério.
O secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, afirma que os participantes do programa têm chance de garantir a formação em Medicina de Família e Comunidade. O edital previa cursos ofertados por instituições de ensino superior e incentivos proporcionais ao valor da bolsa pela permanência no programa.
Os indicados para regiões de extrema pobreza e vulnerabilidade receberão um percentual maior; quem permanecer por 48 meses terá um incentivo de R$ 120 mil; as mulheres que se tornarem mães terão direito a seis meses de licença maternidade, com valor da bolsa do Mais Médicos, e os homens terão 20 dias de licença.
Programa Mais Médicos
No momento, o Mais Médicos conta com 8 mil profissionais. As inscrições do concurso vão recompor vagas dos últimos quatro anos.
A maior parte das vagas será destinada a São Paulo, com 1.028. Em seguida estão Pará, com 590, e Rio Grande do Sul, com 541.
Por Val-André Mutran – de Brasília