Brasília – A Associação PanAmazônia promoveu, nesta segunda-feira (14), uma live com a presença do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), general Antônio Leite dos Santos Filho, para discutir com os associados da organização multilateral do terceiro setor as “ações do Ministério da Infraestrutura na Amazônia”.
Uma audiência extraordinária do ministro com o presidente Jair Bolsonaro atrasou um pouco a participação do convidado principal, mas nada que afetasse o evento. Santos Filho, do Dnit, respondeu prontamente todas as perguntas formuladas pelos conselheiros da associação, sob mediação do diretor-executivo da entidade, Belisário Arce.
As perguntas foram objetivas e priorizaram indagações sobre o andamento dos projetos que integram os modais de transporte na região amazônica em vários de seus estados, do Amazonas ao Pará, de Roraima ao Maranhão.
As autoridades explicaram aos empresários que, embora o Ministério da Infraestrutura (MInfra) enfrente grande dificuldade devido o baixo orçamento da pasta, apenas R$ 5 bilhões – o menor de sua história –, para gerir todos os projetos em andamento no país “com criatividade, rigor, equipe técnica de alto nível e a adoção de novos e modernos modelos de regulação”, os projetos estão sendo executados com êxitos e as entregas são quase semanais.
O ministro explicou a importância do apoio das bancadas federais dos estados para a recomposição do orçamento do MInfra. Com a destinação de “verbas carimbadas” para os projetos em andamento, as obras não sofrerão o risco de paralisação.
Outra fonte de recursos da pasta é o sucesso das concessões e outorgas em vários projetos em todos os modais existentes. Notadamente a forte política estratégica do governo federal em interligar o país através de ferrovias, e a conclusão de hidrovias como a Araguaia-Tocantins, com o derrocamento do Pedral do Lourenço – pergunta feita pelo CEO do Grupo Zucatelli, Reinaldo Zucatelli, “que aguarda licença ambiental, mas que se tiver recursos garantidos, em dois anos ficará pronta,” prometeu o ministro.
Os CEOs dos grupos empresariais Fogás, Bertolini e TV Lar, Jonathan Saul Benchimol, Irani Bertolini e Antonio Azevedo, respectivamente, questionaram como está o andamento de importantes obras na região, como a adequação de portos no interior do Amazonas, a operação 24 horas de rodovias federais que cortam a região e a situação da privatização da BR-163, além das obras de acesso à Santarenzinho e o Porto de Miritituba, final da rota da futura Ferrovia Ferrogrão.
No modal aéreo, as notícias foram animadoras porque gestões do ministério beneficiaram diretamente o estado do Amazonas. Foram reativadas três linhas aéreas em Coari, Lábrea e Maués, via Azul Linhas Aéreas, e adicionadas mais oito cidades com voos regulares à malha nacional. São elas: Eirunepé, Barcelos, Apuí, Itacoatiara, Humaitá, Borba, Novo Aripuanã e São Gabriel da Cachoeira.
O governo já investiu R$ 1,4 bilhões em infraestrutura voltada à aviação regional desde 2019 na região.
Num momento de descontração da videoconferência, o ministro recebeu apoio para sua candidatura ao governo do Amazonas, caso desista de concorrer em São Paulo, no que respondeu “que sua missão é entregar a infraestrutura que o país precisa e com a qualidade que seu povo merece”.
Aliás, Gomes de Freitas estava em meio a amigos, uma vez que se disse honrado de, como jovem oficial engenheiro do Exército, ter servido no início da carreira na Amazônia – experiência que o “qualificou e marcou sua carreira pública”, disse.
Foi passado aos empresários um panorama geral das obras e projetos do governo em todos os modais que estão sendo trabalhados. O leitor pode conferir na live o status atualizado em que se encontram as principais obras federais da região e as que ainda sequer saíram do papel. Como exemplo, a provável interligação da rodovia federal BR-401, que liga a capital do estado de Roraima aos municípios de Normandia e Bonfim, ambos na fronteira com a cidade de Letheim, na Guiana, colônia inglesa na Amazônia.
Em resposta ao presidente da PanAmazônia, empresário Alexandre Zucatelli, que agradeceu os esclarecimentos prestados pelo ministro e pelo diretor-geral do Dnit, Gomes de Freitas, ao final da live explicou a importância para o governo de interagir com o empresariado, estabelecendo uma linha direta de comunicação sobre o andamento dos trabalhos do governo.
2 comentários em “Ministro discute projetos de infraestrutura na Amazônia”
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