Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, visitou, na manhã desta quarta-feira (11), a Base Área São Francisco, na reserva indígena Apyterewa, em São Félix do Xingu, no sul do Pará. A base serve de aporte à Operação Samaúma, das Forças Armadas, de combate a crimes ambientais dentro de áreas de preservação ambiental no Pará.
A base fica a 150 quilômetros da cidade de São Félix do Xingu. O Ministro chegou ao aeroporto da cidade por volta das 9h e decolou, em seguida, de helicóptero, para a terra indígena, junto com representantes do Exército e da Força Nacional, onde permaneceu por cerca de quatro horas.
A visita não havia sido divulgada em agenda oficial, mas acabou sendo vazada e manifestantes fizeram protestos, pedindo regularização de áreas na região, onde há conflito entre posseiros e comunidades indígenas. Após o retorno à cidade, Joaquim Leite visitou a base da Operação Samaúma, que fica na área urbana, e voltou, no início da tarde, à Brasília.
O ministro não falou com a imprensa ou recebeu qualquer integrante dos movimentos que faziam manifestação, empunhando cartazes. Um grupo de agricultores chegou a escrever, com sal, em uma área escampada da reserva, pedido de apoio ao ministro. Eles querem que o governo federal interceda, junto ao Superior Tribunal de Justiça (STF), para que seja feita a revisão do laudo antropológico nas terras da Apyterewa, onde eles reivindicam ficar.
Operação: A Operação Samaúma, de Garantia da Lei e da Ordem Ambiental, ocorre em terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental, em áreas de propriedade ou sob posse da União e, mediante requerimento do governador, em outros sítios do estado. Todas as atividades ocorrem em conjunto com órgãos e agências de proteção ambiental e de segurança pública.
Conforme o decreto número 10.730, de 28 de junho de 2021, a atuação dos militares do CCjN, que iniciou dia 28 de junho, ocorre nos municípios paraenses de Altamira, Itaituba, Jacareacanga, Novo Progresso, São Félix do Xingu e Trairão e segue até o dia 31 de agosto de 2021.
O nome da Operação homenageia a árvore conhecida como rainha da Amazônia, que guarda e distribui água para outras espécies e também pode ser chamada de mafumeira, sumaúma e kapok.
Tina DeBord