O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou nesta sexta-feira, 13, que o Pará será o Estado sede do Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública da região Norte.
Segundo informações da assessoria de imprensa da pasta, a decisão foi tomada com aval do presidente Michel Temer e atendeu a um pedido das bancadas parlamentares da região, que demonstraram preocupação com o aumento da violência no Estado, após a tentativa de fuga do Complexo Prisional de Santa Izabel na região metropolitana de Belém, na última terça-feira, que resultou em 22 mortes.
De acordo com o ministério, o assassinato de pelo menos 17 policiais militares de janeiro até agora; e 12 homicídios ocorridos na tarde de segunda-feira, também contribuíram para a escolha do Estado para abrigar o centro.
Cerca de 24 horas depois da tentativa de fuga no presídio de Santa Izabel, o Ministério da Segurança Pública informou que governo federal havia colocado a Polícia Federal e a Força Nacional à disposição do governo do Pará. Segundo a pasta, Jungmann conversou com o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), por telefone e fez a oferta de ajuda.
O presidente Michel Temer não se pronunciou publicamente sobre o episódio, apesar de ter adotado a segurança pública como uma de suas bandeiras desde a intervenção federal na segurança no Rio de Janeiro, em 16 de fevereiro.
Centro
De acordo com a pasta, o Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública da região Norte será o segundo de cinco centros regionais de inteligência que o governo pretende implementar. O Ceará é o primeiro em fase de implantação.
Entre os objetivos dessa rede nacional se inserem a integração entre as agências para produção de conhecimentos estratégicos em segurança pública e o acesso integrado dos conteúdos das bases de dados das diversas instituições e órgãos que compõem a estrutura de segurança pública.
De acordo com Jungmann, o objetivo da pasta é que, com as ações promovidas nesses centros, seja desenvolvida a capacidade de integração entre as agências de inteligência para produzir conhecimentos estratégicos. Além de “viabilizar o acesso ao conteúdo das bases de dados das diversas instituições de segurança e manter o acompanhamento sistemático sobre os temas de interesse de segurança pública”, destacou o ministro na nota.