Por Francesco Costa – Parauapebas
Está acontecendo neste momento na porta do prédio da Prefeitura Municipal de Parauapebas uma manifestação promovida por moradores de várias ocupações espalhadas pelo município. O ato eclodiu com o recebimento de notificação que recomenda a saída dos terrenos ocupados por várias famílias.
Apesar de aparentemente pacífico, a Tropa de Choque da Polícia Militar foi acionada e o comandante do 23º BPM, Tenente Coronel Mauro Sérgio está no local tentando acalmar os ânimos dos manifestantes para evitar o uso de força.
O interior do prédio foi desocupado agora há pouco e o protesto continua do lado de fora onde os manifestantes fazem uso de apitos e carro de som para serem ouvidos.
De acordo com uma das coordenadora do movimento, Maria Valdeci, a manifestação é uma busca por direito à moradia. “Não temos como cumprir a ordem de desocupação em 24 horas pois não temos pra onde ir”, diz Maria Valdelci, assegurando que a reivindicação é apenas moradia. Ela conta que já foram removidos várias vezes para diversas ocupações diferentes sob promessas de solucionar o problema.
Ela garante que desta vez não aceitarão a remoção e querem de fato a solução do problema que, ou seja, terrenos urbanizados. Ainda de acordo com a moradora estas área não deveriam ser tratadas como ocupação, pois o governo anterior entregou estes lotes e as pessoas que ali estão são de fato carentes, não tendo outros patrimônios. Porém, ainda segundo os comentários de Maria Valdeci, o atual governo está tirando os atuais moradores para entregar a área à outros sob a alegação de que não se enquadram no perfil de pessoas carentes e que necessitam de projeto habitacional do governo municipal.
Outro líder do movimento, Francisco Silva, qualificou como ditatorial a ação tomada pela SEHAB (Secretaria Municipal de Habitação) e garantiu que “se não for firmado um acordo à altura da necessidade tomarão atitudes drásticas. Ela cita como primeira o retorno das famílias para as respectivas áreas de origem, e caso sejam tiradas a força pela policia ocuparão os prédios públicos ficando neles até que tenham moradia definitiva.
Francisco Silva mensura que pelo menos 15 mil famílias morem nas 17 áreas consideradas como invasão, o que contabiliza pelo menos 60 mil pessoas representando 25% da população de Parauapebas.
Acordo – Segundo os líderes da manifestação, o prefeito de Parauapebas, Valmir Mariano, iria recebê-los para dar uma solução para o problema. Motivo que ainda os mantém na porta do prédio público.
3 comentários em “Moradores de invasão protestam na porta da prefeitura. Cerca de 50 mil pessoas em Parauapebas moram em ocupação”
É um problema crônico. a meu ver as causas são as seguintes:
1 – As pessoas vêem de outro estado, tentam se estabilizar aqui em busca de emprego, aí não conseguem trabalho por falta de qualificação ou simplesmente trabalham, mas com salários mínimos o que dá apenas pro jantar. Essas pessoas irão voltar para sua terra de origem? não!
2 – Não conseguem alugar uma casa decente (por questões óbvias).
3 – Não há um programa de habitação decente aqui (infra-estrutura deficitária, má urbanização, etc).
Bem, defendo a prefeitura mas entendo a situação das pessoas de bem, não os infiltrados que sabemos muito bem quem são.
AS PESSOAS CHEGAM AQUI,E LOGO LOGO QUEREM TER UM TETO PRÓPRIO. AÍ SAEM INVADINDO AS PROPRIEDADES ALHEIAS, E DEPOIS COLOCAM CULPA NA ADMINISTRAÇÃO DA CIDADE!!!
VERGONHA!
Corretíssima a decisão da prefeitura! Esses invasores são em sua maioria da turminha do MST,vagabundos e pilantras. Então esse povo invade as terras e ainda querem que a prefeitura resolva. Pau e policia neles! Quem quizer terras e casas que trabalhe e compre. Era só o que faltava, povo vive como parasitas, se invadir qualquer area minha eu toco o cassete em cima deles. O que falta é PAU nesses indigentes.