Até a tarde desta quinta-feira, 14, a Prefeitura de Salvaterra, na região do Marajó, não se manifestou sobre um episódio considerado inusitado no País. Na semana passada, um grupo de moradores encontrou uma alternativa bem diferente para protestar contra a situação de sujeira nas ruas provocadas pelo excesso de uma das frutas mais consumidas no Brasil, a manga. Uma carroçada da fruta foi despejada no hall de entrada da prefeitura.
Apesar de o município ser um dos grandes produtores de abacaxi do Pará, as ruas da cidade são margeadas por mangueiras, que segundo os moradores produzem uma quantidade de frutas impossível de ser consumida. Com isso, os moradores da área do Tartarugão, no bairro do Marabá, utilizaram uma carroça para transportarem uma carrada de mangas, colhidas nas ruas do bairro, e despejaram na entrada do prédio do Executivo.A manifestação também faz parte de um primeiro protesto realizado no início da semana passada quando houve a interdição da rodovia PA-154. Neste dia, o vice-prefeito Carlos Alberto Santos Gomes compareceu para intermediar a liberação da pista e assumiu o compromisso de realizar trabalho de pavimentação em alguns pontos considerados críticos no bairro. Mas nada teria sido feito pelo prefeito Valentim Lucas de Oliveira.
Segundo a moradora Benedita Silva, o acúmulo de mangas nas ruas, que não são recolhidas pela limpeza pública, provoca mais lama e atrai uma grande quantidade de moscas, além de exalar mau cheiro.O despejo da carrada de manga na entrada da prefeitura, em forma de protesto, chamou a atenção dos funcionários que estavam no prédio e da Polícia Militar, que orientou os manifestantes a limpar o local.