Em ofício já enviado à Gihab (Gerência Institucional de Habitação), da Caixa Econômica Federal, o secretário municipal de Habitação de Parauapebas, João Eduardo Fontana, solicitou visita técnica de vistoria e emissão de laudo atestando a integridade estrutural das edificações do Complexo Alto Bonito, em Parauapebas. A ação do secretário se deu após uma série de denúncias realizadas por moradores do referido empreendimento apresentadas à secretaria.
“Estamos ouvindo comentários e vendo as notícias circular por veículos de comunicação local sem nenhum subsídio técnico, o que propaga o pânico nos moradores nos quais aumenta a insegurança quanto a continuar morando naquele local já tendo muitos até já solicitado a mudança para outros programas”, contou João Fontana, detalhando que entre os blocos em que os moradores têm feito as denúncias estão os seguintes: 6, 11, 15, 17, 18, 19, 37 e 49.
O ato da Sehab (Secretaria Municipal de Habitação) antecedeu o protesto realizado na manhã desta quinta-feira, 16, quando moradores do Complexo Residencial Alto Bonito realizaram uma manifestação na Rodovia PA-160, interditando a via nos dois sentidos.
O objetivo, segundo os manifestantes, era chamar atenção das autoridades para que o caso seja resolvido e suas famílias sejam tirados do perigo com o qual convivem; e para que representantes da Caixa Econômica Federal compareçam para tratar do assunto. De acordo com o morador, Kenedy Modesto, o caso está ficando muito sério, pois tem parede em que já se pode ver de um para outro lado. “Eles falam que é apenas fissura, mas, nós não nos sentimos seguros para manter aqui nossas famílias. Por isso, queremos providências para recuperar os blocos nos pondo em segurança”, apela Modesto.
Em atendimento aos manifestantes, João Eduardo Fontana compareceu ao local se reunindo, primeiramente, com representantes dos moradores, vindo a conversar, em um segundo momento, com todos para esclarecer os procedimentos que estão sendo tomados.
O secretário esclareceu que a responsabilidade pela construção e garantia da obra é da Caixa Econômica Federal, por meio da empresa construtora e, que, o papel da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Habitação é a parte social, iniciando com o cadastramento e triagem das famílias as serem contempladas nos Programas Habitacionais Populares.
“Claro que temos responsabilidade com nossa população e estamos juntos para que a Caixa Econômica e a empresa responsável resolvam essa situação. Quanto à remoção de famílias para outros locais, isso só será pensado depois que for realizada visita técnica de vistoria e emissão de laudo atestando que o local não é seguro para morar”, explica João Fontana.