Só o laudo da necropsia poderá dizer o que causou a morte de Ana Beatriz Rocha Silva, de 14 anos, encontrada sem vida pela mãe, Antônia Luzinete Costa, por volta das 18h deste sábado (12), na casam em que moram, no Bairro Liberdade, em Parauapebas. Ela estava de bruços, em uma cama, com um frasco vazio de desodorante em aerossol, de 150 ml.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou a ser chamado, mas, ao examinar Ana Beatriz, o médico e a enfermeira que o acompanhava constataram que nada mais poderia ser feito.
Antônia Luzinete disse que também que era costume da filha “brincar inalando desodorante aerossol”. O caso foi registrado pela Polícia Civil, que deve instaurar inquérito a fim de elucidar a morte de Ana Beatriz, cujo corpo passou por exame de necropsia no Instituto Médico Legal (IML).
Inalação pode levar à morte
“Nos desodorantes aerossóis há parte de éter, álcool e gases como isobutano em sua composição. Essas substâncias podem ter efeito no sistema respiratório, competindo com o oxigênio, e impedindo a troca adequada desse gás nas hemácias, causando a hipóxia, que é a ausência de oxigênio nos tecidos,” explica a médica pneumologista Michelle Andreata.
Desse modo, alerta ela, a inalação do aerossol pode provocar a parada cardíaca por asfixia. O éter e o álcool podem ter efeito de redução do nível de consciência: “Esses efeitos somados podem levar à morte por asfixia”.
(Caetano Silva, com informações do Estado de Minas)