O advogado Odilon Vieira confirmou que vai denunciar o caso da morte do sargento Daniel Poczwardiowski à ministra Luislinda Valois, dos Direitos Humanos. A iniciativa do advogado, que defende os interesses da família do militar do Exército, se deve ao fato de que a morte, ocorrida dentro do quartel do 52º BIS, em Marabá, está cercada de mistério e nem mesmo a causa foi definida pelo Instituto Médico Legal (IML).
Sargento Poczwardiowski tinha só 29 anos e morreu no dia 15 de maio deste ano durante treinamento denominado “Estágio de Caçador”, do qual participavam 18 militares. O treinamento não era pesado. Deveria ser meramente técnico, mas o militar faleceu numa pista de rastejo de 800 metros e foi encontrado no início da tarde.
A família desconfia que pode ter havido excessos durante o treinamento, assim como pode ter sido submetido a atividades que não estavam previstas no programa. “Alguém errou e essas pessoas vão ter que arcar com as consequências”, desabafa Irla Oliveira Fernandes, viúva do sargento.
O caso está envolto em controvérsias: a primeira versão é de que ele teria sido levado com vida para o Hospital de Guarnição de Marabá, mas um laudo emitido pelo próprio hospital revelou, dias depois, que o sargento já chegou morto e com rigidez cadavérica. Para deixar a situação ainda mais dramática, o laudo do IML emitido esta semana apontou que a causa da morte é indeterminada, ao mesmo tempo em que revela que o militar tinha queimaduras de 2º e 3º graus em 40% da perna direita, o que pode indicar possível tortura, segundo observa o advogado Odilon Vieira.
Sobre o assunto, o gerente do Centro de Perícias Científicas (CPC), Augusto Andrade, ao qual está vinculado o IML, explicou que foram coletadas amostras de tecidos do corpo do sargento (exame histopatológico), por meio das quais foi identificado que houve hemorragia no pulmão, coração e fígado, com ausência de coágulos. Mas, segundo ele, não foi possível determinar, pelo exame, o que causou essa hemorragia.
Por outro lado, a Seção de Comunicação do Exército informou que o general Eugênio Pacelli Vieira Mota, comandante da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, vai se pronunciar sobre o caso na próxima segunda-feira (17), às 10h da manhã.
4 comentários em “Morte de Sargento do Exército em Marabá será denunciada aos Direitos Humanos”
Muita fantasia de quem nada sabe
É o risco da profissão !! Que Deus console a família desse herói da pátria !! Militares são treinado pro combate… Selva !!!!
Selva! Pensei o mesmo!
Oque o quartel fala nao sabe nao ve ninguen foi