A exemplo do que já vem acontecendo em outras cidades do país, motoristas de Parauapebas têm estocado gasolina temendo a falta do combustível na cidade. O receio é justificado devido ao protesto nacional dos caminhoneiros nas estradas brasileiras.
O publicitário Theo Onishi recebeu mensagens de um grupo de Whatsapp informando que o combustível poderia faltar no município e não perdeu tempo. “Como eu e minha esposa dependemos do veículo para realizarmos nossas tarefas resolvi não arriscar”, conta.
Theo e a sua esposa Thaiane adquiriram cerca de 70 litros de gasolina. “Só não compramos mais por falta de recipientes”, justifica. Apesar da reação de Theo e outras pessoas, o Blog visitou oito postos de combustíveis em diferentes bairros de Parauapebas e em todos eles não havia problema de falta de combustível em seus reservatórios, ou seja, o município esta abastecido com o produto.
Sabe-se lá se motivados pela greve dos caminhoneiros e por uma possível escassez do produto, mas houve um inesperado aumento no preço dos combustíveis em Parauapebas, que já era um dos mais caros do Brasil. Em Parauapebas, a gasolina está sendo vendida a R$4,28 o litro. O preço é uma surpresa pra muitos consumidores, já que, em Marabá, distante apenas 160 km de Parauapebas, o preço médio praticado lá é de R$3,86.
Acredito que o preço da gasolina deveria ser melhor fiscalizado em Parauapebas, e o Ministério Público deveria comprar essa briga, já que são, em média, cerca de R$0,38 por litro de diferença para o vizinho município. Um caminhão carregado com 15 mil litros de Marabá à Parauapebas fatura cerca de R$6.300,00 por dia, algo em torno de R$190 mil ao longo do mês, somente com o valor da diferença supostamente cobrado pelo frete.
Outro fato interessante, e que ressalta o alto preço cobrado pela gasolina em Parauapebas é que, em Carajás, um bairro de Parauapebas distante 25 km da sede do município, o preço praticado é de R$4,14. Entenda se puder !
Manifestação dos caminhoneiros
Desde segunda-feira (9), alguns trechos de várias estradas do país estão sendo bloqueados, por caminheiros, nos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
O grupo que participa do movimento foi convocado pelo Comando Nacional do Transporte. Os manifestantes são autônomos e se declaram independentes de sindicatos. Eles pedem o aumento do valor do frete, reclamam da alta de impostos e da elevação nos preços de combustíveis, entre várias outras questões.