Movimento Nacional pela Soberania Popular Frente à Mineração lança livro

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O Movimento Nacional pela Soberania Popular Frente à Mineração – MAM em co-parceria com o Editorial Iguana e apoio da Fundação Heinrich Boll Stiftung lançará na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), no dia 21 de julho, o primeiro livro da coleção, A Questão Mineral no Brasil.

MAM

O objetivo do projeto é debater a mineração nos diversos espaços e níveis de relações políticas, sociais e econômicas, aos quais a mineração determina mudanças consideráveis, já que tem sido um dos principais bens naturais apropriado pelo capital na sua extraordinária forma de acumulação primitiva.

Dessa forma, a coleção se inicia com o livro: Projeto Grande Carajás – Trinta anos de desenvolvimento frustrado. Pois, nas últimas três décadas, nenhuma região do país sofreu de maneira tão brutal uma intervenção organizada do capital mineral como a região de Carajás, no Pará, embora, a indústria da mineração exista em quase todo território nacional.

O autor do livro, que nasceu no estado berço da mineração, Minas Gerais, Tádzio Peters Coelho, desbrava, denuncia e anuncia o que foi os trinta anos, recém-completados em 2014, do maior projeto de exploração de minério de ferro do mundo.

Perpassando pela história de fundação da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), fruto de uma negociação perniciosa no inicio da década de 1940 entre governo brasileiro e estadunidense, conhecido como os Acordos de Washington, além dos detalhes da sanha dos militares em vender a soberania do povo brasileiro até chegar à era da privatização e da lei Kandir, a herança neoliberal de Fernando Henrique Cardoso.

Tádzio vai esmiuçar em números e reflexão, mais essa página da história presente e ativa da mineração no Brasil, que transformou a antiga e pacata vila indígena de Marabá, a cidade de Parauapebas, num caos social explosivo.

Por fim, o pesquisador contará sobre um empreendimento minerador que começou com a exploração de dez milhões de toneladas métrica de minério de ferro nos anos de 1980 e hoje, com a abertura do corpo ferrífero S11D, que representa outro Projeto Grande Carajás, chegará a 250 milhões de toneladas métricas de espoliação anual já em 2016.

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