A morte da sindicalista e militante do Partido dos Trabalhadores (PT) Leila Cleópatra Ximendes de Sousa, do município de Rurópolis, ganhou mais um capítulo nesta semana quando o Ministério Público denunciou o executor e dois mandantes do assassinato, ocorrido em outubro de 2016. A denúncia formalizada pela promotora Marina Souza Cavaleiro de Macêdo Dantas é o primeiro passo para levá-los perante o Tribunal do Júri. Com o recebimento da denúncia começa a ação penal e os investigados passam a ser réus do processo, que corre em segredo de Justiça.
Leila Ximendes foi assassinada no dia 1º de outubro de 2016, por volta das 20h30, na BR 230 – Transamazônica -, na ladeira do Bairro do Leitoso em crime de encomenda. O assassino desferiu duas facadas na vítima, que teve uma parada cardiorrespiratória em decorrência de hemorragia, causada por esfaqueamento múltiplo, conforme os laudos periciais.
Inicialmente as investigações apontavam para um suposto crime político. Contudo, fatos novos apresentados ao MPPA descartaram essa possibilidade. A promotoria denunciou os envolvidos por homicídio qualificado, sendo o executor incluso na qualificadora, em razão de paga ou promessa de recompensa e mediante emboscada, sem chances de defesa para vítima. A pena é de reclusão de 12 a 30 anos.
Os mandantes também estão denunciados por homicídio qualificado, em função de paga ou promessa de recompensa, com a mesma previsão de pena, de 12 a 30 anos. “Os crimes dolosos contra a vida, conforme dispõe o texto constitucional, são de competência do Tribunal do Júri. O Ministério Público deu o primeiro passo ao iniciar a ação penal com a denúncia e espera-se que os denunciados sejam pronunciados pelo juízo da comarca e encaminhados para que a sociedade os julgue no Júri Popular e os condene nos termos da denúncia”, esclareceu Mariana Dantas.