Os membros do Ministério Público do Estado do Pará definiram nesta sexta-feira (10), em eleição realizada com a participação de 326 votantes, a lista tríplice ao cargo de procurador-geral de justiça. A votação ocorreu de 8h às 16h e teve como resultado 214 votos para César Bechara Nader Mattar Junior, 143 votos para Gilberto Valente Martins e 34 para Hamilton Nogueira Salame. Este último pelo critério de desempate ficou com a terceira vaga por ter mais tempo de atividade na carreira.
Os outros dois candidatos tiveram a seguinte votação: Acenildo Botelho Pontes (34) e Jacirema Ferreira da Silva e Cunha (22).
O presidente da comissão eleitoral procurador de justiça Manoel Santino disse que a eleição foi tranquila.
Foram 326 votantes no universo de 346 membros aptos a votar. Na urna eletrônica foram 280 votos e 46 vieram do interior pelo correio. A Comissão decidiu impugnar 16 votos do interior, por não preencherem todos os requisitos legais necessários para o envio pelo correio.
A próxima etapa do processo eleitoral será aguardar 48 horas que é o prazo recursal. Não sendo protocolado nenhum recurso pelos candidatos a lista será encaminhada pela Comissão Eleitoral, na segunda-feira, ao procurador-geral de Justiça que a enviará no mesmo dia ao governador do estado.
O chefe do executivo paraense terá até 15 dias para escolher o novo procurador-geral de Justiça. Caso não exerça seu direito constitucional de fazer a escolha, será empossado o mais votado da lista tríplice.
Primeira eleição com promotores concorrendo
Foi a primeira vez que promotores de Justiça concorreram ao cargo. Até a última eleição de 2014 apenas procuradores podiam postular a chefia da instituição.
Uma antiga reivindicação da classe foi atendida e trouxe satisfação aos promotores de Justiça.
Para a promotora de Justiça de Castanhal Ana Maria Magalhães Carvalho o MPPA deu um exemplo de democracia. “Esse fato demonstra o nível de democracia que atingimos em nosso órgão, ao ponto de que o promotor pode não só votar, mas também ser votado ao cargo máximo da instituição. Então entendo que é um exemplo de democracia que os outros precisam fazer igual, porque isso só nos traz progresso, não houve restrição de participação, mas sim ampliação neste caso”.
“É um momento histórico, estamos vivendo a concretização de uma luta produtiva e positiva de muitos anos, em relação à democratização de instituição. Para nós que estamos na ativa, na labuta, é um momento impar, porque aquele que assumir vai ser também um colega, que também tem seu entendimento do meio frequentado, e vamos lembrar da ocasião com muita prudência e sentimentos positivos para o futuro”, disse o promotor de Justiça de Santarém Túlio Novaes.
Fonte: Assessoria de Comunicação do MPPA