Nesta quinta (20) e sexta-feira (21), o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio do Centro de Apoio Operacional (CAO) Ambiental, realiza o seminário “Dinâmicas do desmatamento da região de Marabá – diagnóstico e prevenção” no auditório das Promotorias de Justiça de Marabá.
O primeiro dia do evento é voltado ao público interno da instituição. Já o segundo dia será aberto ao público externo e todos os interessados poderão participar. As vagas são limitadas a cem pessoas, sendo direcionadas para representantes de órgãos de comando e controle, à comunidade científica e acadêmica e à sociedade em geral.
A programação do da sexta-feira começa a partir das 8h e conta com os promotores de Justiça da região de Marabá, além de integrantes e pesquisadores do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Na ocasião, haverá apresentação de projetos de ações do MPPA no enfrentamento ao desmatamento; o panorama e desafios da problemática na região; a importância da atuação de forma articulada, punitiva e preventiva pelos órgãos e instituições.
Durante o evento, também será apresentada a PrevisIA, ferramenta que utiliza inteligência artificial para identificar áreas sob risco de desmatamento na Amazônia. A plataforma foi criada em parceria entre o Imazon, a Microsoft e o Fundo Vale, e analisa variáveis como topografia, cobertura do solo, estradas legais e ilegais, infraestrutura urbana e socioeconômica, a fim de indicar as áreas mais vulneráveis ao desmatamento no bioma.
Apesar da redução no último ano, o desmatamento ilegal das florestas nativas da Amazônia ainda é uma realidade. Em abril de 2024, o Sistema de Alerta de Desmatamento do Imazon detectou 188 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, uma redução de 44% em relação a abril de 2023, quando o desmatamento somou 336 quilômetros quadrados, conforme dados divulgados pelo Imazon.
Além disso, segundo o Relatório Anual do Desmatamento do Brasil de 2023 (RAD 2024/MapBiomas), o Pará foi o quarto estado do ranking dos que mais desmataram em 2023, o que levanta a necessidade de que se entenda o contexto do desmatamento e o fortalecimento da articulação entre os órgãos de fiscalização, comando e controle.