Dizer que o país vive uma nova política talvez não seja consenso, mas afirmar que existe um novo tipo de campanha eleitoral parece não haver mais dúvidas. Desde a última eleição, quando as redes sociais tiveram um papel fundamental, este conceito se solidificou e as regras recém divulgadas para o pleito deste ano vieram na direção de reforçar ainda mais o potencial desta ferramenta.
Velhas práticas como a distribuição de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas e outros itens estão proibidas. Também não será permitida a fixação de faixas, cartazes, placas e pinturas em muros.
Dessa forma as redes sociais levarão a campanha definitivamente para o vídeo.
É nesta hora que sairão na frente os concorrentes que tiverem maior capacidade de apresentar de maneira clara suas ideias e sua visão de futuro. A atividade política é uma das que mais exigem de seus praticantes a habilidade de convencer pessoas, quer seus eleitores ou seus pares, por meio da comunicação. Principalmente em um cenário no qual o que eles disserem estará imediatamente distribuído para as palmas das mãos de milhares de simpatizantes ou não de sua candidatura. Em nenhum momento nos últimos tempos os candidatos precisaram investir tanto em aprimoramento de sua comunicação como será necessário nessa campanha de 2020.
Para alcançar o sucesso neste novo formato de fazer campanha é necessário ampliar de forma exponencial a capacidade de persuasão. Ela é uma competência complexa. Não se trata apenas de falar as coisas corretamente, defender posições polêmicas, ser coerente e nem de apresentar os fatos com sacadas divertidas.
“Convencer é plantar uma semente na mente de um interlocutor que vai precisar de tempo para germinar. É preciso adequar a linguagem ao público, buscar objetividade, ter clareza de propósito, uma postura convincente, um tom de voz firme, estratégia de roteiro, controle emocional e muito mais. Sem o desenvolvimento consciente e contínuo dessas habilidades, a chance de sucesso é ínfima”, disse o marqueteiro político Sergio Ramos ao Blog quando perguntado sobre o uso das redes sociais na eleição que se avizinha.
Quem almeja garantir em outubro uma cadeira nas prefeituras ou câmaras municipais a partir de 2021 e ainda não se preocupou com isso está muito atrasado. Isto porque a legislação atual permite que, se tudo estivesse preparado, sua campanha já estivesse nas redes sociais.
Tecnicamente a propaganda eleitoral é oficialmente permitida somente a partir do dia 16 de agosto. Mas a legislação autoriza, desde as últimas eleições, os pré-candidatos a iniciarem suas corridas em busca do eleitorado. A largada eleitoral já foi dada. É hora de correr e pedir apoio profissional para conquistar o quanto antes todo o apoio político que você vai precisar.