Presa por tráfico de drogas na última quarta-feira, 19, Vitória Aparecida Silva, de 18 anos, tem participação na morte da adolescente Maria Eduarda Silva Azevedo, de 16 anos. Em depoimento à polícia, ela contou que recebeu ordem da facção criminosa Comando Vermelho (CV), a qual ela disse fazer parte.
A adolescente foi assassinada de forma cruel no dia 14 de maio deste ano, no alto do Morro do Macaco, em Parauapebas. Os criminosos, que se identificaram na filmagem como sendo da facção criminosa Comando Vermelho (CV), ainda filmaram a morte da garota.
A acusada afirmou que a ordem para matar Maria Eduarda de Azevedo foi dada pela facção, porque ela seria X9 e pertenceria ao Primeiro Comando da Capital (PCC), grupo criminoso rival ao CV. De acordo ainda com relatos de Vitória Aparecida, a adolescente entrou propositadamente para o CV através de um grupo de WhatsApp.
Maria Eduarda, segundo a acusada, participava do grupo como x9, levando informações do grupo para facção rival. O caso foi descoberto, o que despertou a ira dos líderes do grupo criminoso, que deram ordem para matá-la.
Ela detalhou, de forma fria, que aproveitou que a jovem teria ido até o morro do Macaco para pegar droga e a matou. “Eu fiz o serviço mesmo. Ela também estava me ameaçando”, justificou a acusada, dizendo que não se arrepende do crime, mas diz que talvez se fosse hoje, não o faria.
Ao ser questionada que os familiares de Maria Eduarda afirmaram na época do crime que a adolescente não tinha envolvimento com o mundo do crime, Vitória Aparecida foi direta. “Eles não sabiam o que ela andava fazendo”.
A acusada vai ser encaminhada para um presídio feminino, em Belém, já que na Carceragem do Rio Verde, em Parauapebas, não tem cela feminina.
Por Tina Santos