As mulheres e homens do campo, da floresta, das águas e das cidades de várias regiões do Estado do Pará participam da 5ª edição da Marcha das Margaridas, que está sendo realizada desde ontem (11)nos em Brasília. Trinta e cinco ônibus saíram da capital paraense rumo à Esplanada dos Ministérios com dezenas de delegações para participar do evento. Dentre outros representantes de municípios e regiões do Pará que foram acompanhar o movimento reivindicatório em Brasília estão: Mãe do Rio, representando a região Nordeste, Igarapé-Miri, representando as regiões Guajarina e Tocantina. E Altamira, a região do Xingu.
Para Domingas de Paula Martins Caldas, Secretária Estadual de Mulheres do PT Pará e uma das fundadoras do Grupo de Mulheres Brasileiras, algumas pautas apresentadas em edições anteriores avançaram como por exemplo os serviços de documentação aos ribeirinhos, envio de ambulâncias para comunidades rurais, entre outras. “Muita coisa avançou, mas esperamos que as políticas regionais e nacionais para a saúde, reforma agrária, moradia, desenvolvimento sustentável sejam realmente atendidas”, destaca.
Criada em 2000, a Marcha é considerada o maior evento de mobilização de mulheres do mundo e tem como objetivo reivindicar pela igualdade, democracia, pelo fim da violência, por agroecologia, pelo direito à terra, educação, saúde e cumprimento de direitos básicos e se opor às políticas de retrocesso.
A presidenta Dilma Rousseff participará de um ato na quarta – feira (12), no Estádio Mané Garrincha e apresentará o compromisso do governo federal com as reivindicações da pauta. No último dia (6), a presidente reuniu com a coordenadora-geral da Marcha das Margaridas, Alessandra da Costa Lunas, e com representantes do movimento para discutir sobre o evento e políticas para o setor rural.
Cerca de 70 mil mulheres devem participar da edição deste ano. O evento é coordenado pelo Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) e por 11 entidades parceiras, entre elas a CTB.
Origem
O nome é uma homenagem à agricultora sindicalista Margarida Alves, assassinada pelo latifúndio no dia 12 de agosto de 1983. A partir desse episódio trágico, a data 12 de agosto passou a celebrar o Dia Nacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras Rurais Contra Violência no Campo.