Nesta sexta-feira, dia 8 de março, um grupo de mulheres de Marabá vai ao Bairro São Félix, periferia da cidade, para fortalecer a campanha contra o feminicídio e, ao mesmo tempo, erguer a voz e clamar às autoridades mais rigor contra esse tipo de crime. O movimento é encabeçado por mulheres de movimentos sociais e coletivos, apoiadas por instituições feministas e órgãos municipais voltados à defesa dos direitos da mulher.
Elas farão o que denominaram de “Marcha do Dia Internacional da Mulher” e vai envolver, também, personalidade do núcleo Morada Nova. A marcha terá concentração na Praça do Bairro São Félix Pioneiro, às 7 horas e a caminhada dará visibilidade à luta e ao empoderamento feminino, além de proporcionar maior integração entre as entidades que militam por mais direitos de gênero.
O tema deste ano, segundo Júlia Rosa, coordenadora especial de políticas públicas para as mulheres de Marabá, é ‘Rompendo o Ciclo da Violência Contra a Mulher’. A escolha é em função dos altos números de feminicídio no município, mas ela observa que embora tenha caído em 2018, ainda é considerado preocupante.
“A gente entende que esse tema é bastante abrangente e, em Marabá, temos conseguido, com muita luta e manifestações, reduzir o número de feminicídios aqui. E vamos continuar trabalhando nesse sentido”, explicou Júlia.
Para ela, além da importância do tema sobre a violência contra a mulher, a marcha continua sendo uma oportunidade para que as mulheres estejam reivindicando direitos, como a melhoria das políticas públicas voltadas para a saúde e a construção e viabilização de creches que possam atender crianças a partir dos dois anos de idade. “São mulheres que trabalham e que não tem com quem deixar seus filhos. Então, o grito é para que estejamos reivindicando isso, além, é claro, pelo m da violência contra a mulher. É uma marcha para realmente nós, mulheres, lutarmos por nossos direitos. Será um momento de cobrarmos nosso espaço de viabilização do fortalecimento das políticas para que elas tenham condições de alçar voos maiores”, informou.
Júlia armou que esse momento é de extrema importância para Marabá e que as mulheres precisam compreender que precisam estar juntas e unidas para pedirem por melhorias e o cumprimento de seus direitos. “Só iremos diminuir mais ainda esses índices assustadores da violência construindo uma cultura de paz com a participação de toda a família e com o apoio de todos os segmentos da sociedade”, avalia.