Um estudo organizado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e com ampla divulgação no início desta semana revela que algumas prefeituras paraenses estão entre as 100 do Brasil que mais fizeram investimentos em 2018. O Blog do Zé Dudu analisou os dados da FNP e concluiu que as prefeituras de Belém, Parauapebas, Santarém, Marabá, Ananindeua e Itaituba lideram o ranking de investimentos e, por conseguinte, da boa capacidade de pagamento.
De acordo com a FNP, os investimentos públicos municipais são financiados por recursos próprios das prefeituras, pelas transferências de capital federais e estaduais, pelas operações de crédito e por outras fontes de menor relevância. Administrações com grande potencial de investimentos também são consideradas boas pagadoras.
A prefeitura da capital paraense investiu ao longo do ano passado R$ 212.908.729,89, o 17º melhor resultado do país. Belém superou, inclusive, Goiânia, que arrecada cerca de R$ 1,5 bilhão a mais. A capital goiana investiu R$ 119.274.758,13 e ficou na 33ª colocação. O resultado belenense só não foi ainda melhor porque a capital do Pará tem perdido receitas na distribuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e, também, recursos por não ter capacidade de atrair novos negócios, em razão de problemas sociais gravíssimos como violência, ausência de saneamento básico e deficiências nas áreas de saúde e educação.
Em segundo lugar no Pará e na 22ª posição nacional aparece a Prefeitura de Parauapebas, que fez R$ 171.910.681,63 em investimentos. O volume pomposo se deve ao crescimento da receita em 2018, escorada na ampliação dos royalties de mineração. Já a Prefeitura de Santarém investiu R$ 88.678.887,95 e ficou em 44º lugar.
As prefeituras de Marabá (R$ 84.236.927,64, 49º lugar), Ananindeua (R$ 66.062.528,57, 71º) e Itaituba (R$ 49.768.235,23, 90º) também realizaram investimentos volumosos e integram o pelotão dos 100 municípios que mais fizeram aplicações. Por outro lado, considerando-se o estado como um todo, a capacidade de pagamento das prefeituras paraenses despencou. Em 2017, 29,7% deles conseguiam pagar empréstimos, por exemplo, em dia. No ano passado, o volume caiu para 21,4%. Várias prefeituras paraenses encontram-se sufocadas com elevadas despesas com pessoal.