Por Paulo Costa – de Marabá
Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banpará, em Marabá, amanheceram fechados nesta quinta-feira, 19, por conta da greve nacional dos bancários. Como acontece nos últimos anos, boa parte dos funcionários do Banco do Brasil na agência da Folha 32, Nova Marabá, ficaram do lado de fora para cumprir horário de expediente e avisar aos clientes que não haveria atendimento interno por tempo indeterminado.
Todavia, segundo Heidiane Catrine Moreno, diretora da Subsede local do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, por volta de 9 horas, uma guarnição do Grupo Tático da Polícia Militar, acionado pelo gerente da agência, chegou ao local armado e intimidou os bancários que estavam na frente do BB. “Eles ultrapassaram a porta giratória e obrigaram todos a se retirar. “Estávamos com camiseta e a greve é normal e legal. Inclusive, está dentro da CLT (Consolidação das Leis de Trabalho). Os colegas da agência entraram por determinação do gerente. “Acionamos o jurídico do sindicato porque isso não pode acontecer”.
Na visão dela, a força policial só deveria ter sido chamada se os funcionários tivessem quebrado vidros ou destruído algum outro patrimônio do banco, o que não aconteceu. “A população foi toda informada sobre a greve, porque fizemos ampla divulgação.
O correspondente do blog procurou o gerente da agência do Banco do Brasil em questão, mas ele mandou avisar que não está autorizado pelo banco a repassar informações sobre a greve para a Imprensa. A Polícia Militar informou que vai investigar a atitude dos policiais, e ponderou que os grevistas poderiam estar impedindo os colegas de entrar na agência para trabalhar, o que não é legal.
O lema da greve nacional dos bancários este ano é “Menos filas, mais contratações”. Os trabalhadores reivindicam 11,93% de reajuste salarial – 5% de aumento real – piso salarial para a categoria bancária referente ao valor calculado pelo Dieese (acima de R$ 2 mil), melhores condições de trabalho e mais contratações.
O também diretor da subsede local do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, João Taiguara Furtado Rebelo, afirma que na primeira rodada de negociações, que aconteceu em agosto, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) ofertou apenas 6,1%, “abaixo da inflação, mais de meio por cento”.
“Já estamos na terceira rodada de negociações. Os bancos não se mostraram propensos a negociar, ofereceram metas abaixo da inflação”, comentou o diretor do sindicato, afirmando que atualmente o piso da categoria está muito defasado.
De acordo com João Taiguara, o Banco do Brasil divulgou um lucro de mais de R$ 10 bilhões somente no primeiro semestre deste ano. “Mas, na hora de recompensar o lucro ao trabalhador, oferece uma meta abaixo da inflação. É bastante desgastante não ser reconhecido”, desabafou o sindicalista.
Também está na pauta dos bancários o fim do assédio moral, que, segundo ele, está muito grande na categoria, com muitas cobranças e perseguições. Taiguara relembrou que o sindicato já conseguiu que quase todos os bancos tenham o número aumentado de agências bancárias, entretanto, ainda é necessário mais contratações de funcionários. “Abre-se agências com um número reduzido de funcionários, por isso que aumenta as filas”, salientou.
O sindicalista ressaltou ainda que não há respeito com os usuários de bancos. “Até hoje o tempo de fila não é respeitado, o nosso poder público ainda não conseguiu fazer com que a lei seja cumprida. É um setor que ganha muito e não contribui com a comunidade”.
O sindicato aguarda ainda uma posição do Basa e bancos privados quanto à adesão à greve em Marabá. Será mantido o percentual de 30% dos trabalhadores que ficam responsáveis nos serviços essenciais à comunidade.
3 comentários em “Na greve dos bancários em Marabá, PM retira funcionários da agência do Banco do Brasil”
no meu ponto de viste este banco deveria ser feixado pois seu atendimento e um dos piores de todos os bancos e seus funcionários muito preguiçosos se feixar não vai nos faser muita falta não são muitos ruins já ganham u suficiente.
Esse Gerentinho é ignorante e prepotente.
Chegando a descumprir as orientações da Direção do BB, que NÃO corrobora essas práticas desrespeitosas para com os seus Funcionários.
Mesmo sendo o período de greve muito DELICADO, é necessário muito tato nas tratativas do Gerente com os demais Funcionários da Agência bancária.
Pois esse período passa rápido, e logo todos terão que dar as mãos, nas buscas dos objetivos da Instituição.
Tenham muito cuidado Gerentinho e Superintendentes (Regional e Estadual), pois podem sobrar muitos “caquinhos de gestão” para vocês ajuntarem novamente. Respeitem os seus pares e subordinados!
“Menos filas e mais contratações”
Apoiado o movimento… essas filas sao uma vergonha..
mas espero que retornem antes do pagamento.. rsrs