Na Semana da Árvore, escola de Jacundá derruba oito, até um Pau Brasil

Direção do estabelecimento justificou que os vegetais estavam doentes e que, no lugar ocupado por elas, serão construídos uma cozinha e um refeitório

Continua depois da publicidade

No Brasil, o Dia da Árvore é comemorado em 21 de setembro, por conta do início da primavera. Geralmente a data é comemorada com plantio de árvores, certo? Mas, na cidade de Jacundá, de onde poderia vir o exemplo, acontece o contrário. Na Escola Municipal “Coronel João Pinheiro”, oito árvores, inclusive, um Pau Brasil, foram derrubadas nas últimas semanas. Para justificar o corte das árvores, além do Pau Brasil, uma amendoeira, um ficus, dois ipês, um ingazeiro e dois coqueiros, a direção da escola justificou que algumas estavam morrendo e outras prejudicando o telhado do prédio, disse também que o espaço onde elas estavam dará lugar à construção de um refeitório e cozinha.

O secretário da Escola “João Pinheiro”, Janes Rodrigues explicou à Reportagem os detalhes sobre o corte das árvores. Em primeiro lugar, segundo ele, todo o processo foi comunicado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo (Sematur), que também foi responsável pelo corte das árvores. “Não fizemos nada ilegal, tudo está documentado e com argumentos técnicos”, disse.

Uma árvore da espécie ornamental ficus benjamina, pertence à família das moráceas, a mesma da amora, figo, fruta-pão, é nativa do sul e do sudeste da Ásia e alcança mais de 30 m de altura e 40 m de diâmetro, foi plantada próximo ao portão de entrada da escola. E sua altura estava causando problemas na rede elétrica e as raízes danificando a calçada e muro da escola.

Prunus dulcis, popularmente conhecida como amendoeira, amêndoa-de-coco, amêndoa-durázio e amêndoa-molar, era uma árvore com mais de 30 anos de existência. Suas raízes já afetavam a estrutura da unidade escolar, e em seu lugar está sendo construídos uma cozinha e um refeitório. A construção atingiu também um pé de ingá, que constantemente os galhos quebravam o telhado de uma cobertura.

Dois pés de coco com mais de 20 metros de altura também foram ao chão. Neste caso por apresentar risco de acidentes, pois os frutos poderiam cair sobre a cabeça de alunos ou funcionários.

Enquanto as árvores Paul Brasil e ipês, segundo Janes, também tiveram laudo que afirmam que elas estavam doentes e suas galhas poderiam quebrar a qualquer momento. “Mas, já estamos replantando novas árvores e fomos aconselhados a plantar o pau preto, pois elas têm raízes do tipo espigão e não oferece perigo a estrutura do prédio”.