Narração esportiva perde dois ícones em 24 horas

Sílvio Luiz, morreu aos 89 anos, nesta quinta-feira (16); Washington Rodrigues, o “Apolinho”, 87, ontem, quarta-feira (15)

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Morreu nesta quinta-feira (16) o narrador esportivo Silvio Luiz, de 89 anos. Ele estava internado no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, desde o dia 8 de maio. Silvio sofreu um AVC durante a transmissão do jogo entre Palmeiras e Santos, pela final do Campeonato Paulista, em abril. Ele estava em coma induzido, intubado e impossibilitado de fazer hemodiálise devido à fragilidade decorrente da idade. Ele enfrentava problemas renais.

Sylvio Luiz Perez Machado de Sousa era o nome de batismo de Silvio Luiz. Nascido em 14 de julho de 1934, começou a carreira em 1952, fazendo participações em radionovelas. Como locutor, iniciou sua trajetória na Rádio Record. Passou pela Rádio Bandeirantes e, na extinta TV Paulista, foi o primeiro repórter de campo da imprensa esportiva brasileira.

“Olho no lance”, “foi, foi, foi ele”, “pelas barbas do profeta” e “pelo amor dos meus netinhos” foram algumas das expressões imortalizadas por Sílvio Luiz durante as narrações das quais ele fazia parte.

Silvio também foi árbitro de futebol. Ele foi um dos assistentes na partida de inauguração definitiva do Estádio do Morumbi, em 1970, Silvio Luiz deixa esposa e três filhos. Ainda não há informação sobre local de velório e horário de sepultamento do narrador.

Apolinho

Ontem, quarta-feira (15), o radialista, repórter, jornalista esportivo e comentarista Washington Rodrigues morreu, aos 87 anos de idade, no Rio de Janeiro. Também conhecido como Apolinho ou Velho Apolo, ele lutava contra um câncer agressivo.

Um dos principais repórteres da história do rádio, Washington comandava o “Show do Apolinho” na Rádio Tupi. No ar desde fevereiro de 1999, o programa era líder absoluto de audiência no segmento há mais de 20 anos. Ele esteve presente da diretoria do Flamengo em duas ocasiões: em 1995, como treinador, onde conquistou o vice-campeonato da Supercopa Libertadores; e em 1998, como diretor de futebol.

Carismático, criou várias expressões populares como “Chocolate”, “Geraldinos e Arquibaldos”, “Pau com formiga”, “Pinto no lixo”, “Briga de cachorro grande”, entre muitas outras.

“Eu não sou técnico e nunca fui, mas o Flamengo não me convidou, me convocou. E todas as vezes que ele me convocar eu vou. Pelo Flamengo eu faço qualquer coisa, se o goleiro se machucar e precisar de mim no gol eu vou lá e jogo, pelo Flamengo eu faço qualquer negócio, chamou eu tô dentro, qualquer coisa que quiserem eu vou”, chegou a declarar sobre a experiência.

(Fontes: CNN e G1)

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