No Dia de São João, arena junina ferve em Marabá com quadrilhas e bois

Balão Chita e Fuá da Conceição são as principais quadrilhas a se apresentarem, com bois Estrela Dalva e Aroeira na outra disputa

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Hoje é Dia de São João. E o 24 de junho tem disputa acirrada na arena junina montada pela Prefeitura de Marabá na Orla do Rio Tocantins.

Nesta noite, o público prestigia as Juninas Mirins Sereia da Noite e Splendor, Bois-Bumbás Estrela Dalva e Aroeira, Juninas do Grupo B Luar do Sertão e Diamante Negro, Juninas do Grupo A Balão Chita e Fuá da Conceição. Na Praça de Alimentação, a animação fica por conta do Dj Renison Vip e Show Lynda Sousa.

No domingo, uma noite repleta de cores, saias volumosas, efeitos pirotécnicos e uma plateia muito animada, que lotou as arquibancadas, foram alguns dos componentes da segunda noite do 37º Festejo Junino de Marabá, com o início das competições entre juninas e bois. O evento é realizado pela Prefeitura de Marabá, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), em parceria com a Liga Cultural de Marabá (Licmab) e patrocínio da empresa Equatorial.

Depois da apresentação especial da Junina Alegria não tem idade, composta por idosos atendidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac), foi a vez das mirins entrarem na arena.

A primeira foi a Mirim Luar do Sertão que participa pelo segundo ano, composta por 16 pares de crianças da Vila São José. O tema desse ano é a “A Fogueira de São João”, que tem a intenção de fazer as crianças dançar quadrilha e se divertir como era antigamente sem levar pro lado da competição.

Um dos integrantes é o Gustavo Monte, de 11 anos. Ele fez o papel de majestade e estava muito feliz em poder se apresentar. “Eu danço desde o ano passado, quando fui o noivo. Já é a segunda vez que me apresento e agora é só andar para a vitória e, com muito esforço, nós vamos ganhar. Ensaiamos muito, treinamos muito”, destaca.

Na sequência, a apresentação ficou por conta da quadrilha mirim Coração Junino. Com seis meses de formada e muito esforço dos componentes, a Junina mirim Coração Junino se apresentou pela primeira vez com seis casais. Foi formada dentro de uma escola como um simples grupo de dança e começaram a ser convidados para se apresentar em outros festejos.

Com plumas coloridas e um enredo baseado no folclore amazônico com personagens como Iara, boto cor de rosa e outros, o único Boi-Bumbá da noite foi a estreante Tribo Diamante Negro.

O motoboy, Cleidson Paiva, foi o miolo do boi juntamente com outro colega. Ele conta que já tinha experiência com esse papel em outros bois-bumbás, como o Estrela Dalva e o Flor do Campo, e agora veio fazer parte desse novo grupo. “Estou dando uma força aqui pra eles, pois eu já dançava em outros bois. Aí tem um rapaz aqui, que já brinca de outras funções e, agora, veio de miolo junto comigo. É muita emoção. É muito bom a gente entrar na arena e ver a galera toda animada”, ressaltou.

Outro que teve papel fundamental na encenação foi Marcos Souza. Ele desdobrou para fazer os papéis de boto, pajé e pescador. Ele afirma que a tribo tem esse papel multicultural, que abrange o regional e também o religioso. “A gente adapta, a gente acolhe muito isso, todas as causas. E a gente tá muito feliz pelo trabalho que a gente fez. Hoje, eu fiz três personagens e cada um dos três têm seus aspectos, suas diferenças, suas características. A gente trabalhou bastante com as histórias que foi contada do boto, da Iara, do folclore brasileiro e amazônida. E também a parte da religiosidade. A gente tem muita fé. Estamos começando agora e a gente já conseguiu tanta coisa através da nossa fé”, pontua.

O grupo também trouxe referências do festival de Parintins, dos bois Garantido e Caprichoso, famoso no mundo todo. “A gente usa as músicas dele, a gente faz as adaptações, as coreografias, tanto do cenário, do enredo, artístico. A gente só dá um tom nosso, um tom marabaense, um tom que a gente aprendeu e estamos fazendo isso de forma muito responsável também”, explica Marcos.

O ciclo de apresentações das juninas adultas foi aberta com a Junina Coração de Estudante, vice-campeã do grupo B em 2023 e que é composta por estudantes da Vila Santa Fé. Com um figurino caprichado e bastante colorido, esse ano se apresentou com o tema “Anunciação: olhe para os céus os sinais de São João”, que foi escolhido para representar os balões e as bandeirolas que, na época dos primeiros festejos, eram colocados nos céus por camponeses para avisar que a festa de São João estava para começar.

O público deu um show à parte com lotação máxima da arquibancada e vibração diante das juninas preferidas de grupos de torcidas. Um dos olhares atentos nessa plateia era o de Igor Leite, assessor da Associação Comercial de Marabá (Acim). Ele comenta que o festejo é um momento de reunião da população para prestigiar as quadrilhas. “É importante prestigiar as apresentações. Eles estão desde o começo do ano ensaiando. Esse ano está diferenciado pela estrutura, pela organização da prefeitura. Está bacana, está legal”, elogia.

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