No Pará, 49 municípios mais demitiram que contrataram em agosto

Mas Belém está “salvando a pátria”, visto que leva nas costas resultados positivos da geração de empregos tanto em agosto quanto no acumulado do ano, com impactos sobre números de todo o estado. Canaã dos Carajás, Marabá e Castanhal também apresentam dados excelentes
(Foto: Particular Filmes)

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Um terços dos municípios paraenses encerrou o mês de agosto contabilizando mais demissões que contratações no mercado de trabalho, entre eles Parauapebas, que, em julho, esteve entre os maiores empregadores do país (relembre aqui). Belém segue na liderança estadual e, também, como um dos maiores empregadores do Brasil.

As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu, que analisou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) liberados pelo Ministério do Trabalho no último final de semana. Dos 144 municípios do Pará, 89 mais contrataram que demitiram, fechando com saldo positivo, ao passo que 49 mais demitiram que contrataram, encerrando agosto com saldo negativo de postos de trabalho. Seis municípios (Bagre, Curuá, Limoeiro do Ajuru, Muaná, Oeiras do Pará e Ourém) tiveram o número de contratações igual ao de demissões e, por isso, fecharam com saldo zerado.

Dos 4.688 empregos CLT computados pelo Pará como saldo positivo em agosto, um quarto ficou em Belém, visto que a metrópole gerou 1.263 postos com carteira assinada, 27º melhor resultado do país. Ananindeua, com 492 postos, também entrou no pelotão dos 100 maiores empregadores do país em agosto, na 96ª colocação. Barcarena (445), Castanhal (397), Canaã dos Carajás (365), Santarém (232), Redenção (179), Juruti (117), Marituba (110), Tailândia (106) e Xinguara (100) também apresentaram números expressivos de empregos criados com registro em carteira.

Acumulado do ano

De janeiro a agosto, o Pará abriu 37.331 novas vagas. É tanta gente empregada que daria para erguer praticamente duas cidades do tamanho de Curionópolis só de trabalhadores. A capital paraense é a maior responsável pelo “boom” de empregos no estado, devido aos investimentos em infraestrutura visando a prepará-la para receber a COP 30, evento global voltado a discutir temas como clima, meio ambiente e sustentabilidade e do qual tomarão parte os principais líderes mundiais.

Com essa força-tarefa para deixar Belém hospedável, a metrópole acumula 11.900 empregos com carteira assinada adicionados ao seu estoque, sendo a 13ª cidade brasileira que mais gera oportunidades em 2024. Vindo mais atrás está Canaã dos Carajás, com 3.727 postos contabilizados em oito meses, na 79ª colocação nacional — e o único município, fora Belém, a entrar na lista dos 100 que mais geram novas oportunidades de trabalho este ano.

Com desempenhos também muito expressivos e dinâmicos estão Marabá (2.575), Castanhal (2.448), Parauapebas (1.945), Ananindeua (1.401), Santarém (1.174), Santana do Araguaia (1.109), Oriximiná (1.095) e Benevides (1.006).

5 MAIORES EMPREGADORES DE 2024 (de janeiro a agosto)

Belém — +11.900 (13º melhor do Brasil)

Canaã dos Carajás — +3.727 (79º melhor do Brasil)

Marabá — +2.575 (118º melhor do Brasil)

Castanhal — +2.448 (125º melhor do Brasil)

Parauapebas — +1.945 (159º melhor do Brasil)

Esses resultados vão na contramão do apresentado por Tomé-Açu, que acumula 1.053 demissões a mais que contratações de janeiro a agosto e é o 15º maior desempregador do país. Tailândia, com 906 demissões a mais que contratações, tem a 19ª pior situação do país, enquanto Tucumã, com saldo negativo de 599 postos, está na 34ª pior colocação.

Ao longo deste ano de 2024, o tempo fechou também com gravidade para Concórdia do Pará (-389), Bonito (-377), Conceição do Araguaia (-281), Acará (-163), Goianésia do Pará (-124), Mocajuba (-82), Itupiranga (-73) e Garrafão do Norte (-58).

5 MAIORES DESEMPREGADORES DE 2024 (de janeiro a agosto)

Tomé-Açu — -1.053 (15º pior do Brasil)

Tailândia — -906 (19º pior do Brasil)

Tucumã — -599 (34º pior do Brasil)

Concórdia do Pará — -389 (53º pior do Brasil)

Bonito — -377 (55º pior do Brasil)