Existem centenas de clubes de futebol. Daqueles com sócio, carteirinha, clube, piscina, etc. Times com carnêzinho que o simpatizante paga todo mês, com direito a uniforme personalizado e autógrafo mecânico do ídolo. E existe o time de futebol. O que fez o futebol do Brasil ficar conhecido mundialmente foi um time que teve que costurar os números nas costas minutos antes da final contra a Suécia. E depois do jogo o Garrincha vendo todo mundo vibrar, ficou sem entender nada. “ Ué, acabou?”.
O que se viu outro dia, quando o galo foi campeão da Libertadores foi assim. O Galo precisava de um gol lá no México. Aos 47 do segundo tempo o Luanzinho foi lá e fez. E como um menino endoidecido, vibrou pulando, balançando aquela cabeleira e depois caiu no chão como sempre faz, chorou, emocionou todo o time, marcou com ferro em brasa o escudo do Galo no coração. Fomos campeões da Libertadores nessa base aí. Da raça. Saiu Ronaldinho. Acabou o time. Não conhecem o Atlético. Não conhecem mesmo! Fênix, renascendo das cinzas. Torcedores fiéis, sem carteirinha, sem sócios ( eu não sou). Tem torcedores!
Não sou um bitolado por ser atleticano, muito pelo contrário. Só eu sei as esquinas que ando passando, mas EU ACREDITO. Acredito em mim, acredito que vou virar esse jogo, acredito que amanhã será diferente, mas preciso lutar para que isso aconteça. Igualzinho o Atlético. Não, não somos um time comum. Temos derrotas sofridas, deixamos de ganhar campeonatos incríveis. Em 77 fomos vice campeões brasileiros invictos e com 11 pontos a frente do medíocre São Paulo. Somos grandes. De onde não há mais força, sabemos onde buscar. E eu me recuso a ser pequeno, não por soberba, vaidade ou arrogância. Por humanidade. Por isso torço para o Atlético. Só o Atlético. Meus amigos sabem que gosto de futebol, que chamo carinhosamente de chutebol, que era aquele antigo, ou melhor, aquele de ontem contra o Flamengo, na raça, sem cartolagem, sem dinheiro na manga. Visto sem pudor qualquer camisa porque acho lindo esse esporte. Mas no coração, sempre o Atlético. Por isso é que contra o Corinthians várias crianças passaram a torcer para o Atlético. Por isso é que aconteceu todo aquele Tsunami contra o Flamengo. Não preciso falar mais nada. Só digo que não há vitória inédita para o Galo.
Amanhã terá outra e outra e nós sempre acreditando, sem precisarmos ser sócios de carteirinha. Torcedores de coração! Jogadores que passaram pelo Galo são atleticanos. Ronaldinho ligou ontem para o presidente do Atlético. Reinaldo, Cerezo, Eder, Luizinho. Todos atleticanos, torcendo para o Luanzinho, para o Carlos, Tardelli, Marcos Rocha, Victor. Porque somos Galo! Porque somos o símbolo que nada é impossível. Somos regidos a Fé que Deus deixou, que o homem querendo, não há impossível. Serei sempre assim, se Deus quiser. Confiante em dias melhores, confiantes no amanhã, correndo e suando para fazer o hoje. Como aconteceu mitologicamente ontem. E Vivas ao Galo!
( * ) – Olinto Campos Vieira é advogado formado pela Faculdade de Direito de Teófilo Otoni, torcedor do Atlético Mineiro e Procurador concursado do Município de Parauapebas há onze anos.
1 comentário em “Não se trata de um time qualquer”
agora e ganhar a copa do brasil em cima das marias
saudações atleticana