Brasília – Os efeitos em cadeia da baixa de combustíveis anunciada pela Petrobrás, num viés que segue na contramão do mundo, tem sido o maior impulsionador de uma forte retomada econômica no Brasil. Exemplo disso, foi a publicação no Diário Oficial desta terça-feira (23) a nova tabela com preços mínimos de frete rodoviário, com redução média que vai de 3,16% a 4%, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
O reajuste ocorre após a Petrobras anunciar a retração do preço do diesel por duas vezes no mês de agosto. Na última, dia 11, houve uma redução de 4%, R$ 0,22 por litro, nas refinarias da empresa.
Agora, sempre que ocorrer oscilação no preço do óleo diesel no mercado nacional superior a 5%, para mais ou para menos, a ANTT deve publicar novos valores.
Para a tabela A — transporte rodoviário de carga lotação — a redução média foi de 3,16%. No caso das operações em que haja a contratação apenas do veículo de cargas (tabela B), houve reajuste negativo médio de 3,51%.
Na tabela C, de transporte rodoviário de carga lotação de alto desempenho, a retração média ficou 3,67%.
Por fim, para operações em que haja a contratação apenas do veículo de cargas de alto desempenho (D), a redução média foi de 4%.
A redução de preços está ocasionando um efeito virtuoso na economia de forma geral dizem os economistas.
Todas as cadeia produtivas do país tem custos atrelados ao frete rodoviário, ferroviário e de cabotagem, todos utilizando o diesel como combustível padrão de suas operações.
A baixa dos combustíveis foi tal forma benéfica que é a principal variável na composição do preço do índice ao consumidor que, no mês passado, registrou deflação de 0,62% no índice total, tornando o Brasil um dos únicos países do mundo a registrar o recuo dos índices de inflação interna.
Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.