O Pará reduziu, em 17%, o número de homicídios registrados em todo o Estado no mês de março de 2019 em comparação ao mês de março do ano passado. A diminuição dos índices representa a preservação de 47 vidas, visto que o número deste tipo de crime caiu de 282 mortes em 2018 para 235 ocorrências este ano. Essa é a segunda redução de homicídios mais significativa registrada no mês de março desde 2010.
Os dados foram apresentados pelo secretário de Estado de Segurança Pública, Ualame Fialho Machado, em coletiva realizada no Carajás Centro de Convenções “Leonildo Borges Rocha”, em Marabá, no final da manhã de ontem, quinta-feira (4). Acompanhado pelo chefe do Estado Maior da Polícia Militar, coronel Ronald Souza, e pelo diretor de Polícia do Interior, delegado José Humberto de Melo Júnior, o titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) divulgou o balanço mensal. “A determinação do governador Helder Barbalho é que a transparência seja o norte das nossas ações, por isso, estamos aqui para apresentar os dados, sejam eles negativos ou positivos”, salientou.
Segundo Uálame, os crimes de latrocínio apresentaram redução de 50% no mês de março deste ano, em comparação a março do ano passado. No ano de 2018, o número correspondeu a 12 ocorrências. Neste ano, seis ocorrências foram registradas.
Nos casos de roubos, no Pará, houve uma redução de 34%, com 3.464 casos a menos neste ano. Os registros apontam 10.131 ocorrências em março de 2018 e 6.667 em março de 2019. Também é a segunda melhor taxa de redução de roubos comparando todos os meses de março, desde 2010.
Os números de roubos a transeuntes tiveram uma redução de 36% em todo o Pará, com 8.455 casos em março de 2018 e 5.425 em março de 2019, resultando em uma diminuição de 3.060 ocorrências. Já os dados de roubos a veículos apresentaram diminuição de 61%, 729 e 285 casos nos meses de março dos anos de 2018 e 2019, respectivamente, o que resultou em 444 ocorrências a menos.
Os roubos a coletivos tiveram redução de 65%. Nos meses de março de 2018 e 2019, o Pará computou 156 e 55 ocorrências, respectivamente, apresentando diminuição de 101 casos.
Mais números – Os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), que envolvem dados gerais de homicídios, latrocínios e lesão corporal seguida de morte, demonstraram uma redução de 18% nos casos. Em março de 2018, foram 299 ocorrências registradas, enquanto que no mesmo período de 2019 foram 246 ocorrências – 53 crimes a menos.
Dado acumulado
No comparativo dos números acumulados de 1° de janeiro a 31 de março dos anos de 2018 e 2019, os registros de homicídio também apresentam redução de 24%, com a preservação de 231 vidas. Foram computadas, portanto, nesse período, no ano passado, 944 ocorrências e 713, no mesmo período, em 2019.
Em relação ao número de roubos no Estado foram registrados 30.251 roubos no ano de 2018, de 1º de janeiro a 31 de março. Enquanto que no ano de 2019 essas ocorrências reduziram para 21.411, no mesmo período. Houve, dessa forma, a diminuição 29% nas ocorrências de roubos no Pará, ou seja, 8.840 roubos a menos.
Crimes agrários
Durante a entrevista coletiva, o titular da Segup ainda falou sobre alguns tipos de crimes que são mais comuns às regiões sul e sudeste do Estado, como os conflitos agrários, a exemplo de episódios que tiveram grande repercussão, em municípios como Eldorado dos Carajás, Pau D’Arco, Anapu, entre outros. “Sabemos que as regiões sul e sudeste são muito conflituosas, sobretudo por conta da indefinição quanto à propriedade da terra, um problema histórico. Nesta gestão, temos trabalhando intensamente, por meio do Iterpa (Instituto de Terras do Pará), não só na legalização de áreas rurais, como urbanas também. Com isso, certamente, a tensão diminuirá. Temos diversas delegacias especializadas em conflitos agrários que estão atuando e evitando diariamente novos conflitos”, explicou.
Morte de policial em Anapú
O chefe do Estado Maior da Polícia Militar, coronel Ronald Souza, também comentou a morte de um policial militar, ocorrida nesta quarta-feira (3), próximo ao município de Anapú. As circunstâncias do crime ainda estão sendo investigadas pela Polícia Civil, mas, segundo o coronel, sabe-se que o policial não estava em missão oficial, pois se encontrava afastado das atividades por conta de um problema de saúde. Ele também respondia a processo administrativo por supostos desvios de comportamento registrados ao longo da sua carreira e poderia vir até a ser expulso da corporação.
Confira os dados abaixo:
(Com informações da Agência Pará)