“O costume do cachimbo é que entorta a boca”

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Minha falecida mãe costumava usar esse antigo jargão, título deste post, para mostrar que tem gente que não muda mesmo.

imagesEm junho publiquei aqui que, “em reunião com as cabeças pensantes do PMDB em Parauapebas, o ex-deputado federal Asdrúbal Bentes disse em alto e bom som que apoiará Beto Salame (PROS) para deputado federal. O apoio, segundo Bentes, se dará em virtude do prestígio de João Salame junto aos seus familiares. Quase toda a família do ex-deputado marabaense está lotada na prefeitura de Marabá”.

E concluí:
”Beto Salame não deve, contudo, achar que o apoio de Asdrúbal lhe garantirá a vaga. O ex-deputado apoiou Bel Mesquita nas últimas eleições em Marabá e ela foi muito mal votada no município, apenas 564 votos. Já em Parauapebas, onde Bel pediu votos para Bentes, o marabaense teve nada menos que 9.010 votos. Das duas uma, ou Asdrúbal é muito ruim apoiando, ou finge que apoia. Abra o olho, Beto! “

Pois é…

De lá pra cá o ex-deputado cassado acordou em apoiar outro candidato do seu partido, o PMDB de Marabá. Tudo ajustado, tudo nos conformes como diriam os antigos. Mas, como com o ex-deputado cassado a palavra dada, o fio de bigode, não tem lá tanto valor, ele resolveu ratificar o jargão e chutar o balde, deixando os acordos de lado e lançou seu filho,  Aníbal Bentes (PHS) para a disputa de uma vaga na Alepa, deixando a direção do partido em Marabá em uma situação delicada.

Por falar em apoio, parece que a sina é mesmo forte com Asdrúbal. Beto Salame, que supostamente tem seu apoio, vem sendo muito mal avaliado pelas pesquisas realizadas em Marabá, não chegando, sequer, aos dois dígitos de intenção de voto. Quem sabe não seria melhor declinar do apoio?

1 comentário em ““O costume do cachimbo é que entorta a boca”

  1. agenor garcia Responder

    Caro Dudu,

    Acertastes em cheio nos comentários a respeito de Asdrubal.E mais, ao lançar o nome de Anibal, quebra acordo com Chamom. Era o certo o tal apoio que, inclusive, pegou muitos prefeito de surpresa e que estavam e estão agora mais afinados com Chamom. O lançamento do filho não significa que o eleitorado de Asdrubal vote na indicação. Tancredo dizia, mui sabiamente,que o voto é da pessoa. A transferência, dizia, é como a nuvem no céu.”A gente olha, tem um desenho. Instantes depois, olha de novo e está tudo diferente”. Seguiam essa máxima da política ninguém menos do que Getúlio,Miguel Arraes, ACM,Magalhães Pinto que, aliás, era o que mais a usava.
    Abraços,
    Agenor Garcia
    jornalista

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