Apesar do antagonismo que a frase pode parecer, ontem o Brasil voltou a praticar a democracia. Antagonismo porque a população foi às ruas para se manifestar contra e a favor do prosseguimento do processo de impeachment da presidente eleita com 51,64% dos votos válidos dois anos atrás.
O que para muitos parecia e era taxado como golpe, para outros era o pleno exercício da democracia.
Na Câmara dos deputados, 511 figuras decidiam se haveria embate no Senado. E foram figuras mesmo, protagonistas de um verdadeiro desconhecimento de causa por parte da maioria dos nobres parlamentares. Vários deles declaram voto aparentemente sem saber do que se tratava, que ali estava sendo julgado o mais alto grau de penalização a um político em pleno exercício do mandato. Preferiram homenagear a família, Deus, os negros, os indígenas, a reforma agrária, a “república de Curitiba”, a maçonaria… Teve um desavisado que chegou a autorizar que o filho pronunciasse seu voto, mas foi advertido pelo presidente que não seria possível. Outro, depois de lembrar-se que havia esquecido de citar um dos filhos, pediu uma questão de ordem para adicioná-lho à lista.
O presidente da Câmara, o peemedebista carioca Eduardo Cunha, foi outro bastante citado entre os que defendiam e os que eram contra o prosseguimento do processo no Senado. Mas, há de se dizer, Cunha mesmo ofendido manteve-se em constante sintonia com o que estava se passando. Não deu trelas a quem tentava lhe tirar do sério e conduziu com maestria a sessão de votação. Torço, utopia eu sei, para que o processo contra ele naquela casa ande com a mesma velocidade com que tramitou o contra D. Dilma.
Passados pouco mais de 15 minutos das 23 horas, um deputado pernambucano, tucano, decretou o fechamento da conta dos 2/3 dos votos necessários para o prosseguimento do processo no Senado. Mais que isso, por 367 votos a favor, era decretada uma grande derrota ao Partido dos Trabalhadores, de Lula e Cia Ltda.
Dilma, Lula e o PT perderam porque continuaram usando da soberba para se defender. Continuaram comprando briga com a oposição e acreditando que a popularidade de Lula, outrora tão importante e tao usada para costurar acordos políticos e negociar pautas e votos, bastaria para constranger deputados até pouco tempo notadamente aliados. Grande engano, incentivados por grande parte da mídia que domina esse país, deputados abandonaram Dilma e Lula e jogaram o mandato de Dilma para ser decidido pelo Senado.
Pessoalmente, torci pela vitória do NÃO. Mesmo sem nunca ter votado no PT, e respeitando solenemente a decisão da Câmara, penso que não houve imparcialidade por parte da presidência da Câmara no decorrer do processo. Acredito que o relatório produzido na Comissão não conseguiu provar claramente que houve dolo no que a mídia resolveu chamar de pedaladas, objeto da denúncia e que este jamais deveria ter sido levado ao plenário.
Mas D. Dilma não tem culpa? Claro que tem !
Tem culpa pelo baixo crescimento econômico do país; tem culpa pelos milhões de desempregados que hoje batem pernas em busca de uma vaga; tem culpa pela absoluta falta de zelo com a economia que levou o Brasil pro fundo do buraco. Tem culpa pela situação da Petrobras, pela corrupção generalizada que se instalou desde sempre no Brasil e que seu partido prometeu combater e não o fez, muito pelo contrário. Tem culpa por se aliar aos “diabinhos” sabendo que iriam, uma hora ou outra, jogar apenas nela a culpa por tudo de ruim que aconteceu nos últimos anos.
Se o Senado vai cassar ou não o mandato de D. Dilma saberemos em algumas semanas. Espero que esse processo, apesar de puramente político, se desenvolva na mais absoluta legitimidade. Espero que ela consiga pactuar para que seu mandato seja mantido, referendando os votos obtidos por ela nas urnas. Mas, principalmente, rogo para que se faça uma pactuação para transformar esse país, “abençoado por Deus e bonito por natureza”, em um país onde os políticos pensem mais no cidadão do que em seus bolsos e onde as novas gerações que estão por vir não precisem ir às ruas lutar contra a corrupção e os desmandos dos futuros governantes.
14 comentários em “O mandato de D. Dilma, concedido por 54,5 milhões de eleitores, agora está nas mãos de 81 senadores.”
Nestes anos de “PERDA TOTAL” achei que o enunciado abaixo esta valendo para nós brasileiros e parauapebanos, porém começo a ver uma luz no fim do tunel. UFA!!!
“”Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada. Ayn Rand
Ê pelegada,lula 2018 só se for na cadeia,vamos acordar a casa tá caindo!
tchau queridos,nada contra pobre,só acho que esmola se dá por caridade não por obrigação,vamos trabalhar gente!!chega de esperar que o governo resolva suas carências.
molotov tu es bandido igual esse 300 bandido ainda mais tu nao engole o pt casa vai cair para tir tu ten muito te explica para justiça seu pilantra policia federal que sabera procedencia das tu terra
temos de passa esse pais a linpo começando pelo aecio furna alquimi merendao teme cunha e suiçao essa oposiçao carrecada de bandido agora que re ser defençou damoralidade eda etica o que de voçes esta guadado fora o golpe
lulu 2018vem para acaba com essa coja que nunca aceitou opobre subir na vida
uma presidenta sendo deposta 300 ladroes que vegonha essa e raça que colocamos la fora temer e cunha lula2018
nossa ze nao sabia que vc era tao burro.
vc quer o que? que desenhe o que é pedalada fiscal para vc entender o crime que ocorreu?
Sim, se possível, desenhe, meu caro anônimo sabido
Cunha é um mal necessário!
Depois que o PT e sua corja sair é a vez do Cunha, vulgo, gangster!
STF vai passar em cima dele igaul um trator!
Eu beto presunto(morri politicamente),em nome de minha família,de meus filhos,do meu irmão João mortadela,de meus amigos dos blogs e também em nome dos fabricantes de tijolos de Marabá digo que fico em cima do muro.
Realmente, o papel do deputado marabaense Beto Salame desempenhado ontem foi ridículo. Até porque fez uso das redes sociais no dia anterior pra declarar seu voto e depois esqueceu qual era e ficou em cima do muro. Morreu politicamente em minha opinião.
Zé, seria interessante abrir um post sobre a participação vexatória do dep.Beto Salame na votação,um dia antes fez um pronunciamento via redes sociais dizendo que votaria contra o “golpe”.O blogueiro chapa branca de Marabá(um limitado que pensa ser intelectual)não só comprou,como endossou, o pronunciamento do pífio parlamentar,bastou sair o post do deputado para um bando de analfabetos políticos saírem fazendo oba oba,parabenizando o ato do deputado,hoje devem está todos com a cara de paisagem…
já vi político com muitas denominações,mas o salame,faz jus ao nome que carrega,ele não é de direita,não é de esquerda,não é de centro etc…ele é enrustido! ou seria embutido?
54,5 milhões de votos não lhe dão procuração para descumprir a constituição,aliás,isso para o PT é só um detalhe já que não signatários da nossa carta magna(eles não à assinaram)também pudera, uma quadrilha em formato de partido não gosta de lei,estas existem para serem cumpridas pelos pelegos que votam neles.
O que está em jogo é o Brasil,para o PT o que interessa é o poder a qualquer custo.
A votação que dona Dilma obteve,derreteram-se as custas das ações desastradas na economia,mentiu,agora vai pagar o pato.
Falou com bastante propriedade, parabéns