Estamos na “semana das semanas”, dita assim pelos primeiros escritores cristãos – os padres da Igreja, onde relatavam cerimônias que os bispos e os presbíteros faziam, com amor, junto ao povo de Deus participativo, na época. Hoje, presenciamos as mesmas coisas, com grande participação nas missas e celebrações litúrgicas da Semana Santa.
Jesus Cristo foi o enviado do Pai, veio a este mundo para salvá-lo e não para condená-lo. Ele foi igual a nós em tudo, menos o pecado. Ensinou-nos a sermos irmãs e irmãos uns dos outros, e revelou-nos o amor do Pai e do Espírito Santo, sobre toda a humanidade, e a cada um de nós. Denunciou o pecado de exclusão das pessoas – sobretudo os pobres, as pessoas simples, as mulheres e crianças; anunciou a Boa Nova aos pobres e necessitados. Foi julgado e condenado à morte na cruz, mas no terceiro dia, ressurgiu dos mortos. Ele não está mais na morte, mas vive para sempre junto do Pai, e conosco, na caminhada sob a ação do Espírito Santo. Por isso celebramos o mistério da redenção da humanidade toda, e de cada um de nós, por Jesus Cristo encarnado e ressuscitado.
Como é importante a participação nas missas e celebrações que serão feitas nas comunidades e paróquias, para que vivamos bem o tríduo pascal que iniciará na quinta-feira, sexta e sábado santos e culminará com o domingo da ressurreição do Senhor. Precisamos celebrar, com intenso amor, os últimos momentos da vida do Senhor e a sua ressurreição dentre os mortos.
Foi celebrada nessa manhã de quinta-feira a missa na catedral, com a presença do bispo diocesano, presbíteros, diáconos, líderes de pastorais e de movimentos, serviços, Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), povo de Deus e pessoas de boa vontade, onde serão feitas, também, a renovação das promessas sacerdotais e as bênçãos dos óleos dos catecúmenos, enfermos e do crisma. É a missa da unidade na diversidade da Diocese de Marabá. Na parte da noite, teremos a Missa do Lava-pés e a transladação do Santíssimo Sacramento, da Eucaristia a uma determinada capela.
Na sexta-feira santa, teremos a Paixão: a morte do Senhor, com a celebração da palavra, beijo da cruz e a comunhão eucarística; também a via sacra nas ruas da cidade. É o dia do silêncio, da comoção ao Senhor, porque Ele nos amou de verdade até o fim; em que as atenções estão voltadas para a paixão e a morte do Senhor. É a prova máxima do amor de Deus por cada um de nós: a sua morte na cruz. A coleta realizada neste dia será para os lugares santos na Palestina.
No sábado santo, teremos a Missa da Vigília Pascal, a mãe de todas as vigílias, porque celebraremos o mistério da ressurreição de Cristo Jesus. Estaremos no aguardo e, por isso, é vigília pascal. A comemoração da Ressurreição do Cristo ocorre desde a mais remota memória da Tradição, na noite de sábado para domingo, pois, na manhã do domingo – o primeiro dia da semana –, o Senhor já não está mais no sepulcro.
No Domingo de Páscoa, celebraremos a ressurreição do Senhor Jesus Cristo. Ele está vivo e no meio e nós; é o eterno vivente. Está junto do Pai e do Espírito Santo, e junto de nós, por isso celebramos a ressurreição do Senhor, a passagem dele da morte para a vida.
Vivenciamos bem estes dias na comunidade, participando ativamente das celebrações, com amor. O Senhor nos quer bem e, por isso, queremos que a sua vida, paixão, morte e ressurreição continuem em nossas vidas através de práticas de fé, de esperança e de caridade.
Rezamos pela nossa Igreja, muitas vezes, em alguns lugares, presa, caluniada, mas quem segue a Cristo sofre as conseqüências do estar com o Senhor, porque Ele é o caminho, verdade e a vida.