Por Marlene Campos Vieira
Saio pela manhã, avenida espaçosa, cheia de árvores, Sol saindo, gente ao longo fazendo caminhada, se exercitando. Como estou há poucos dias nesta cidade, tudo é novo. Olho para o céu e me espanto. Uau! Este é o verdadeiro Brasil de Pedro Álvares Cabral! Vejo o Sol despontando, magnífico, com um brilho vermelho, de uma cor maravilhosa, com auréolas de puro ouro. Tão autêntico como deve ter sido o primeiro dia que se viu o sol do Brasil, uma brasa incandescente.
Aqui em Parauapebas, parece que ele se mostra inteiramente, sem nenhuma ‘timidez’, inteiramente nu, nada de nuvens para encobri-lo, reinando majestosamente. Lembro-me da chuva passada ( aquela que derrubou postes e árvores), me vem a memória a música da Ivete Sangalo: “ Quando a chuva passar, abre a janela, eu sou o Sol!”
Quem vê todos os dias este sublime espetáculo muitas vezes não percebe a grandeza que é. Para quem tem a beleza nos olhos e aprecia os espetáculos de Deus, pode imaginar, como os índios, que Deus é o sol, a entidade máxima dos indígenas.
Na verdade, é Deus mesmo, a grande magia do universo; Ele é cada partícula, cada célula que compõe tudo. Aqui em Parauapebas, o mundo é mais bonito e a todos que eu vejo, não me canso de chamar: Venha a Parauapebas, veja o Sol nascer.
Eu sinto que haverá ( já está havendo) uma corrida ainda maior de “forasteiros” para ver esta beleza de Sol REINANDO e aproveitar para ser um dos súditos deste Rei. Por falar em Rei, lembro-me de um engraçado senhor que, pesquisando os livros de história, descobriu os hábitos da monarquia e incorporou ao seu vocabulário algo que apreciou e diz assustado, sempre que se surpreende com o crescimento de Parauapebas: “É a vida, meu velho Duque!” Por falar nisso, o que será que dizem os maranhenses, tocantinenses, cariocas, mineiros, paulistas, goianos e piauienses quando vêem este Sol pela manhã? “
Égua, que espetáculo!” ou “ Caraca, que lugar maneiro!” ou então: “ mano, aqui é o lugar”! ou assim: ‘Mermão’ que beleza de cidade!’ Eu, como mineira, digo: “ Ô Sô, corre pra cá, uai, isso aqui é bom demais da conta! Mas já aviso, quem vem visitar este lugar, é bom comprar um bilhete só de vinda, pois a partir daqui, sua vida já vai mudar, ela nunca mais será a mesma.
* Marlene Campos Vieira
Pedagoga, escritora e contadora de histórias
Telefone: 094-9168-1209
[ad code=5 align=center]
3 comentários em “O Sol de Parauapebas”
É minha cara Marlene tão bom seria mesmo poder apreciar o Sol de minha amada terra, porém aquele sol que batia nas matas verdes e frondosas e que os tupiniquins ( como são chamados os paraenses nesse Brasil afora) pudessem realmente desfrutar de suas belezas!!! E os forasteiros que aqui estão, não vieram pela peleza do sol, principalmente os mineiros, vieram sim para explorar nossas riquezas minerais, acabar com nossas florestas e com nossa fauna!!! e ainda falar mau de nossas mulheres, de nossa gente, reclamam de não ter o shoping, o cinema, a sofisticação das grandes cidades de Minas, do Rio, de São Paulo.
Me pergunto o que esse povo vem fazer na minha terra se acham a deles tão maravilhosa, o correto seria ficar lá e deixar que nós tupiniquins possamos viver com nossas florestas, nossos jacarés, nossa cultura de apreciar o Sol, de tomarmos banho de rio, de pescarmos, para que “desenvolver” uma região que Deus abençoou com tantas riquezas!!!! o Sol em breve queimará nossas peles, nos deixará doentes por tanto calor!!! e você sabe porque? Porque restará apenas o desmatamento e o grande buraco da mineração numa terra que será desértica e nós tupiniquins tentaremos nos adaptar a esse nova realidade, porque afinal é nossa terra!!! que sinto muito, não sabemos preservar!!!
É MUITO BOM LER UM TEXTO COMO ESTE, PENA QUE DURANTE O DIA A VONTADE DE BATER AS METAS NÃO ME DEIXA NEM LEMBRAR DE OLHAR PARA SOL.
Posso apostar que a última coisa na qual os adventícios em geral estão interessados, é no sol causticante de Parauapebas.