O município de Redenção, situado no extremo sul do Estado, tem vivenciado nos últimos meses uma onda crescente de violência urbana. Em seis meses foram contabilizados 37 homicídios, sendo três mulheres e 34 homens. Segundo a polícia, cerca de 90% dos assassinados tem envolvimento com o tráfico de drogas.
O superintendente da Polícia Civil da região Araguaia, Luciano Cunha Guimarães, reconhece que o número de homicídios em Redenção é preocupante e que a polícia está investigando todos os crimes a fim de elucidar e dar uma resposta à sociedade. “A polícia está disponibilizando todos seus recursos e esforços necessários para a investigação desses fatos e para que os culpados sejam punidos. Os investigadores estão nas ruas, mas é necessária a participação da sociedade com informações para que essas mortes violentas sejam desvendadas”, pondera o superintendente.
De acordo com a Polícia, a maioria dos crimes aconteceu em bairros mais afastados do centro da cidade. O comandante do 7º Batalhão de Policia Militar, major Chaves, disse que vai intensificar as operações nos bairros mais periféricos. “Estamos testemunhando uma onda de violência crescente em nosso município e isso nos preocupa muito. Passamos a intensificar as operações, tanto no centro quanto nos bairros mais pobres da cidade, a fim de combater os crimes. Estamos fazendo blitzes para capturar elementos que estejam nas ruas com segundas intenções”, argumenta major Chaves.
Questionado pela reportagem, se o numero do efetivo em Redenção é o suficiente para a demanda, o major ressaltou, “Olha, nós somamos, 130 homens operantes, atendemos quatro municípios Pau D´arco, Cumaru do Norte e Distrito Casa de Tabua, más estamos aí trabalhando, seja com muito ou pouco, estamos dando o melhor de nós, e nossos homens estão trabalhando a fim de combater a violência”, disse o Major.
Em meio a tanta violência, a reportagem do blog ouviu a Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Redenção. O advogado Marcelo Mendanha, que atua como conselheiro estadual da Ordem, disse que a instituição tem tentado contribuir no combate à violência desenfreada. “A OAB, enquanto instituição civil, tem cobrado das autoridades medidas concretas de combate ao crime, não só ações públicas para investigar os crimes já praticadas, mas também investimento no aparelhamento da polícia para que ela seja ainda mais ostensiva. “O efetivo na nossa região é muito deficiente”, lamentou.
Marcelo explica que há mais de um mês a OAB emitiu uma nota cobrando de autoridades, como o secretário de segurança do Estado, medidas firmes e também educativas. A OAB, inclusive, se colocou à disposição da comissão de segurança pública para traçar um plano estratégico de combate ao crime na região sul do Estado.
O presidente da Câmara Municipal de Redenção, Leonardo da Saúde, garantiu que os vereadores estão unidos para ajudar a combater o crime. Argumentou que o Poder Legislativo já realizou audiência pública para discutir formas de combater a violência no município e que a instituição vê a onda crescente no município com preocupação.