Sob a alegação de que o governo do Estado havia suspendido os repasses para a empresa CHR Engenharia e Construções, responsável pela obra do presídio em Parauapebas, os trabalhos ficaram parados por cerca de 60 dias. O impasse causou atrasos na execução do projeto, que deveria ter a parte civil concluída em abril passado. Porém, o problema foi superado e as obras retomadas, devendo ser inauguradas no segundo semestre deste ano.
O Conselho da Comunidade, representado pelos conselheiros Maria Odilza, Sandra Cunha, Irmã Laudia, Leonice Oliveira, Leandro e Francesco Costa, visitou a obra para constatar a retomada dos trabalhos e quanto já havia avançado em relação ao encontrado na visita anterior, ocorrida em 27 de março.
Os conselheiros estiveram acompanhados do presidente do Conselho, advogado Hélder Igor Sousa Gonçalves, do Juiz de Direito, Ramiro Almeida Gomes, titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Parauapebas, e do diretor da carceragem de Parauapebas, Murilo Barbosa de Sousa.
“Desta vez, bem como da outra, foram notados avanços na construção e, não fosse a paralisação, já teria sido concluída”, constatou a conselheira Sandra Cunha, informando que outras visitas de rotina acontecerão ao local.
Para o juiz Ramiro Gomes, o novo presídio terá grande importância para a região, uma vez que o preso já sentenciado poderá optar por ficar na cidade onde tem seus familiares. “A ressocialização de presos tem muito a ver com a relação com a família, de quem receberá apoio para, paulatinamente, ser reintegrado à sociedade”, explica ele.
O magistrado deu como certa a economia para o Estado, que não precisará locomover presos que estejam em outros presídios e respondem por outra denúncia.
O presídio está sendo construído para atender à demanda não só de Parauapebas, mas também de municípios vizinhos como exemplo, Curionópolis, Canaã dos Carajás, Sapucaia e outros do sul do Pará que terão as opções em mandar seus presos condenados para Redenção ou Parauapebas.
“Importante para manter os presos próximos de seus familiares o que facilita as visitas. Assim, os presos se sentem assistidos pelos familiares e mantêm a sensação de ser amados por alguém e motivado a cumprir sua pena e retornar para o convívio dos seus”, explica Murilo Sousa, diretor da carceragem de Parauapebas.
Ele afirma que o presídio terá capacidade para receber mais de 300 apenados, as alas pedagógicas onde a ressocialização, por meio de cursos profissionalizantes e a sequência da escolaridade poderá ser feita.