O Porto do Itaqui realizou, na tarde de quarta-feira (11), o primeiro embarque de ferro níquel em contêineres para o exterior. O mineral foi extraído pela mineradora Vale em Ourilândia do Norte, no Pará, na unidade de Onça Puma. Essa é a segunda operação que o Itaqui realiza este ano, após inaugurar a linha regular de contêineres para o Maranhão, em março de 2011, o que demonstra a versatilidade do Porto ao oportunizar operações diferentes das graneleiras.
Cinquenta e dois contêineres com ferro níquel foram embarcados com destino a Taiwan, Holanda e Japão, cada um deles pesando aproximadamente 25 toneladas. O minério foi trazido via rodovia de Ourilândia até Parauapebas (PA) e de ferrovia até São Luís, quando foi embarcado para a Europa e Ásia, conforme informou o supervisor de equipamentos móveis da Vale, Arthur Wallace Pereira de Figueiredo. “Essa é a primeira operação dessa carga que a Vale está fazendo no Brasil”, destacou o supervisor. O mineral é utilizado basicamente na produção de aço e de materiais que resistam a altas temperaturas.
Escoamento
A operação de embarque do níquel aconteceu no berço 102 do Porto do Itaqui. Outros cinquenta contêineres vazios foram descarregados para a terceira operação da Vale, que deverá acontecer entre o final de maio e início de junho. A armadora CMA CGM e a empresa Brazil Marítima foram responsáveis pela operação no Itaqui.
Para Gustavo Lago, diretor de Operações da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), a consolidação de uma linha regular de contêineres para o estado é mais uma opção de modal para os investidores. “É a possibilidade de novos negócios, principalmente para os pequenos e médios empresários maranhenses, que poderão utilizar o Porto do Itaqui para escoar seus produtos via contêiner”, afirmou.
Além do níquel, novas cargas estão sendo prospectadas pela CMA CGM, armadora com experiência em todos os continentes através de suas 600 agências distribuídas em 150 países. Sua frota de 385 navios atende a 400 portos em mais de 150 serviços. A perspectiva é que as operações a partir do Maranhão possam chegar a uma movimentação de 15 mil toneladas/ano.
Fonte: Jornal Pequeno