A prefeitura de Marabá recebeu o Certificado MigraCidades 2022, um reconhecimento da Organização Internacional das Migrações (OIM) no Brasil, agência especializada da ONU, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), por desenvolver práticas inovadoras de atendimento ao migrante.
O certificado da plataforma MigraCidades é o reconhecimento de que o município de Marabá atendeu todas as etapas do processo no atendimento ao migrante, como o atendimento em assistência social, educação, saúde, entre outros. Para isso, todas as secretarias municipais foram envolvidas no trabalho de acolhimento às famílias migrantes.
De acordo com Walmor Costa, chefe de gabinete e coordenador do Comitê de Atendimento ao Migrante do município, 63 famílias receberam o atendimento da Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac), com moradia, atendimento médico, enfermagem e educação. Os filhos de migrantes foram matriculados em escolas públicas e acompanhados por professor bilíngue.
“A situação dessas famílias é muito difícil, pois isso é um caso de abandono. A pátria deles os abandonou e eles estão em outro lugar, em uma cultura totalmente diferente, na forma de pensar, comer e agir. A prefeitura de Marabá colocou as secretarias para integrar e tratar bem essas pessoas; a diferença foi o atendimento,” destacou Walmor. “Um exemplo é que a Secretaria de Educação disponibilizou um professor que fala o idioma deles em sala de aula e o aprendizado é muito mais rápido. A Seaspac trabalhou para saber como iria conseguir reduzir essa diferença do país deles para o nosso país e o prêmio confirmou nosso trabalho aos migrantes”.
Em sua terceira edição, o processo de certificação MigraCidades contou com a participação de 67 prefeituras das cinco regiões do país. As etapas incluem diagnóstico das políticas locais, definição e monitoramento de áreas consideradas prioritárias pelo governo para o desenvolvimento de ações. O objetivo é apoiar os governos locais a aprimorar o acolhimento e integração das pessoas migrantes.
Por Victor Haôr