Um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Canaã dos Carajás apontou que, dos 24 bairros município, 11 apresentam alto risco de infestação do Aedes aegypti. Os dados foram divulgados pelo Departamento de Vigilância que, por determinação do Ministério da Saúde, retomou o cronograma de combate às endemias no município. Só no mês de janeiro, entre os dias 7 e 11, as equipes da Semsa visitaram mais de 800 imóveis e recolheram amostras para determinar o Índice de Infestação Predial (IIP).
Entre as localidades com maior risco para arboviroses estão: Loteamento São José, Novo Paraíso, Loteamento Jardim América, Flor de Lis, Vale do Sossego, Novo Horizonte, Novo Brasil 1 e 2, Parque Shalon, Maranhense e Vale da Benção. Ainda segundo o relatório de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa), os bairros Jardim Europa, Estância Feliz, Nova Jerusalém, Jardim das Palmeiras, Esplanada, Loteamento Bela Vista e Parque dos Carajás estão classificados como de baixo risco, enquanto Monte Castelo Nova Canaã, Centro, Parque dos Ipês, Alto Bonito e Jardim Bela Vista apresentam médio risco.
Por conta do período chuvoso, o levantamento apontou um IIP de 4,1% no município, o que é considerado alto pelo ministério. De acordo com a Semsa, 80% dos focos do mosquito são encontrados dentro das residências.
A Semsa divulgou ainda o relatório de doenças como dengue, zika e chikungunya registrados em Canaã em 2018, incluindo os números de 2019.
Referente a 2018, o coordenador do Departamento de Vigilância em Saúde, Douglas Pacheco, informou que os números podem ser maiores levando-se em consideração a subnotificação de alguns casos, ou seja, algumas pessoas nem chegam a procurar uma unidade de saúde para o tratamento adequado.
“Pela produção dos agentes de endemias a gente percebe que tem muitos bairros que são infestados com o mosquito da dengue, e essa não é a mesma realidade do que diz as notificações, ou seja, pela quantidade de infestação que temos no município era pra gente ter muito mais notificações de dengue, chikungunya e Zika. Acontece que ou as pessoas não vão procurar atendimento nas unidades de saúde quando os sintomas aparecem ou quando chegam nas unidades o fluxo e a correria são tão grandes que às vezes os profissionais de saúde não conseguem notificar o caso a tempo, e o caso fica subnotificado, não é registrado”, explicou Douglas.