A Polícia Civil prendeu, na manhã desta sexta-feira (9), em Parauapebas, Érica Patrícia dos Anjos Souza , Vilmara dos Santos Conceição e Denilson da Silva Cruz. Em Marabá, foi presa Cristiane Alencar Pereira. Todos, segundo as investigações da Operação Gabarito, fazem parte da quadrilha que fraudou o concurso público de Parauapebas, nos dias 19 e 26 de novembro de 2023. Contra eles foi expedido, pela Justiça, Mandado de Prisão Preventiva, que também alcançou Rodrigo Almeida de Souza e Rafael Costa Lima, ambos foragidos. A prisão efetuada em Maraba teve a colaboração do NAI (Núcleo de Apoio à Investigação) e da 21ª Seccional Urbana.
Em coletiva concedida na manhã desta sexta-feira (9), na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, o delegado Gabriel Henrique Alves Costa, que preside o inquérito e coordena a Operação Gabarito, disse que as investigações inciaram logo que a candidata Raimunda Arruda de Lima foi flagrada, no segundo dia de provas, com um ponto eletrônico.
De acordo com o que levantaram as investigações, um dos líderes e mentores da fraude era Rodrigo Almeida de Souza, vice-diretor da Escola Nelson Mandela, marido de Érica Patrícia dos Anjos Souza. Ao perceber a chegada da polícia, ele fugiu correndo, pulou um muro e até rebentou uma cerca elétrica, para não ser preso, deixando a mulher para trás.
Outro líder e mentor da fraude é Rafael Costa Lima, que também está foragido. A mulher dele, Cristiane Alencar Pareira, agente prisional em Marabá, segundo as investigações, também participou ativamente na articulação da fraude. Rafel, de acordo com o delegado, é pessoa muita conhecida nos meios políticos de Marabá.
Quanto a Vilmara dos Santos Conceição e Denison da Silva Cruz, eles e vários outros atuavam como aliciadoes dos candidatos interessados em serem aprovados mediante fraude.
Como funcionava a fraude
Os aliciadores procuravam candidatos interessados em comprar as respotas das provas. Cobravam, antecipadamente, quantias que iam de R$ 1.000,00 a R$ 2.000,00.
No dia da prova, um fiscal de sala fotografava o caderno de questões ou mesmo se apossava de um caderno e enviava para os cabeças da fraude.
Essas questões eram distribuídas para professores de cada matéria constante nas provas. Eles tinham duas horas para resolvê-las, para que as opções corretas foram enviadas aos candidatos, que recebiam informação por minicelulares, chamados de lanterninhas, smartwatches (relógio de pulso que também funciona como celular) ou ponto eletrônico.
Aprovado em empossado no cargo, o candidato tinha o compromisso de fazer um empréstimo de R$ 20 mil ou R$ 30 mil para pagar a quadrilha.
Após a conclusão da primeira etapa da Operação Gabarito, com a drecretação da prisão peventiva de parte da quadrilha, o delegado anunciou que parte agora para a segunda fase, quando serão ouvidas de 15 a 20 pessoas, que antes estavam sendo ameçadas pelos casais Érica e Rodrigo e Cristiane e Rafael, para que mentivessem o silêncio quanto à participação no crime.
Indagado se alguém da Fadesp, organizadora do certame, teve participação na fraude, o delegado Gabriel Henrique disse nada foi constatado contra a instituição, mas considera que houve falha na fiscalização do concurso, a ponto de um pessoa enviar para fora dos locais de provas um caderno de questões.
Em nota emitda nesta tarde, a Prefeitura de Parauapebas, faz esclarecimentos sobre Denilson da Silva Cruz e acerca da situação de Rodrigo Almeida de Souza.
Nota de Esclarecimento – Concurso público
Sobre o envolvimento do vice-diretor da escola Nelson Mandela, citado nas investigações da Polícia Civil na fraude do concurso público municipal nº 01/2023, a Prefeitura de Parauapebas esclarece que afastará temporariamente o servidor e abrirá uma sindicância para investigar os fatos e reunir evidências sobre o ocorrido. Assim, com base nos resultados da sindicância, a gestão municipal tomará as medidas adicionais, como a abertura de um processo disciplinar formal contra o servidor público.
A prefeitura esclarece, ainda, que o ex-servidor Denilson da Silva Cruz nunca exerceu o cargo de secretário adjunto da administração pública municipal. Ele fez parte do quadro de servidores temporários da prefeitura como auxiliar administrativo em 2021 e 2022.
Quanto aos demais envolvidos nesta primeira fase da Operação Gabarito, também não fazem parte do quadro de servidores públicos da prefeitura.
A gestão municipal destaca que preza pelo compromisso de conduzir concursos públicos de forma transparente, justa e em conformidade com os princípios da legalidade e isonomia e está à disposição da Justiça e da população para quaisquer esclarecimentos.
Assessoria de Comunicação
Prefeitura de Parauapebas
(Caetano Silva)
6 comentários em “Operação Gabarito: Polícia Civil prende mais quatro envolvidos na fraude do concurso público de Parauapebas”
Espero que os envolvidos sejam exonerados, caso sejam funcionários públicos do município.
Secretário de educação deve explicação, pois como nomea um vice diretor desses
Queremos saber quais são os professores envolvidos. Pois eles receberam as questões e tinha até duas horas para responderem e enviar
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Tem no mínimo 4 ACS da região nordeste envolvidos no esquema do concurso do edital 06/ 2023.
Mas as denúncias já foram feitas..
Pode ser que tenha muito mais pessoas envolvidas nesse negócio.
Quanta gente envolvida. Ainda vem que estão descobrindo tudo e que todos sejam presos. E façam logo outro concurso.
Esses ACS tem um que já trabalha no pontinho dos minério fez 66 pontos, mas na prova de ACE fez 16 pontos.. todos eles estão envolvidos todos vão trabalhar no Cidade Jardim tem até marido de professora, alguns moravam em Maraba e brejo grande do Araguaia.
Conheço de lá pediu exoneração do cargo agente de portaria.
Como um diretor faz algo assim, que colocou ele do cargo deveria dar explicações para sociedade.