A operação “Guaraci”, contra mineração ilegal na área da linha de transmissão da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHB), no Pará, já causou prejuízo de mais de R$ 30 milhões aos responsáveis pelo funcionamento dos garimpos clandestinos. A operação iniciada no último dia 17 prossegue nos próximos dias, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em Marabá, no sudeste do estado.
A ação envolve uma força-tarefa com a participação da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Agência Nacional de Mineração (ANM), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Força Nacional e Conselho Nacional da Amazônia Legal e é acompanhada pelo Ministério Público Federal (MPF) .
De acordo com o MPF, o funcionamento dos garimpos ilegais ameaçava o funcionamento da Linha de Transmissão Xingu/Estreito, que leva a energia produzida na Usina Hidrelétrica de Belo Monte para outros estados do país. Com cerca de 2.539 quilômetros de extensão, a linha custou R$ 8,7 bilhões. O empreendimento atravessa cinco estados e 81 cidades, levando a energia para o sudeste do país, atendendo cerca de 20 milhões de pessoas.
Na operação, já foram apreendidos R$ 12,8 milhões em manganês extraído ilegalmente nos garimpos que ameaçavam o funcionamento do linhão e o abastecimento de energia elétrica no país. Além do manganês, a operação “Guaraci” apreendeu e destruiu maquinário utilizado nas atividades ilegais avaliado em R$ 17,4 milhões.
Na soma das apreensões, a operação já provocou mais de R$ 30 milhões de prejuízo aos responsáveis pelo funcionamento do garimpo ilegal. Fora as apreensões, a operação coletou documentos e relatórios que vão permitir o avanço das investigações e a identificação dos envolvidos.
Tina DeBord- com informações do MPF