Em nova incursão da Operação Pandofilia, iniciada ontem segunda-feira (31), pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), em Parauapebas, a Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (1º), mais três acusados de estupro de vulnerável. Conforme noticiado pelo Blog, já haviam sido presos Antônio Santiago, 70 anos, e Raithony Soares, 53. Hoje foram capturados Francisco Alves Araújo, Ednaldo Pereira da Silva e Charles Dias Oliveira.
Ouvida pela Reportagem, a delegada Ana Carolina de Abreu, titular da Deam, disse que as prisões estão acontecendo em cumprimento a 10 mandados expedidos pela 1ª e 2ª Varas Criminais e salientou que a operação continua até que todos sejam cumpridos.
Informou que todos os acusados estão enquadrados no artigo 217-A do Código Penal Brasileiro – estupro de vulnerável: ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos –, crime cujo culpado pode pegar de oito a 15 anos de cadeia.
Também caraterizado como pedofilia, pois é praticado contra crianças, o crime, afirma a delegada, em 90% das vezes, é praticado no ambiente familiar, por pais, padrastos, tios, irmãos, entre outros.
Ana Carolina relatou o caso de uma das vítimas, de 11 anos de idade, que desde os 9 era vítima de abuso sexual. A menina contou que passou por muito sofrimento, tortura física e psicológica e ameaças de morte. Os exames atestaram conjunção carnal e coito anal. O acusado é um membro da própria família dela.
Francisco Alves de Araújo, 53 anos, que teria abusado de duas sobrinhas, nega todas as acusações, afirma que já foi motorista de ônibus escolar durante seis anos e nunca encostou um dedo em uma criança. Diz que não sabe porque foi preso e acredita que, de alguma forma, contrariou as sobrinhas, as quais se vingaram dele dessa maneira. “Acredito no trabalho da polícia, que vai investigar e saber que é mentira, e na Justiça de Deus”, afirmou ele.
(Caetano Silva)