Um advogado, que não teve a identidade revelada, foi preso por envolvimento com facção criminosa durante a Operação Pombo II realizada pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do MPPA (GAECO), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional do MPPA e da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária. Foram cumpridos os mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva, a partir de pedido formulado pelo GAECO.
A Operação é um desdobramento da Operação Pombo I e fundamenta-se em procedimento investigatório criminal instaurado pelo GAECO em 3 de maio de 2022, para apurar a relação ilícita de advogados com integrantes de facções criminosas que se encontram custodiados em estabelecimentos prisionais paraenses.
A investigação constatou a relação criminosa entre integrantes custodiados da facção Comando Vermelho e o advogado, o qual vinha funcionando como “mensageiro” entre faccionados presos e faccionados soltos, repassando as informações obtidas por ocasião das visitas realizadas em estabelecimentos prisionais no Estado do Pará.
Durante a Operação Pombo I foram apreendidos bilhetes manuscritos e um relógio smartwatch, utilizado para gravar as mensagens durante as visitas carcerárias. Os bilhetes eram destinados a diversos integrantes da referida facção criminosa, dentre eles David Palheta Pinheiro, vulgo “Bolacha”, e o próprio presidente Leonardo Costa Araújo, vulgo “L-41”, ambos encontrando-se atualmente foragidos no Estado do Rio de Janeiro.
Segundo o MPPA, as forças de segurança do Estado do Pará têm sido alvos constantes dos ataques ordenados por integrantes de facções criminosas, a exemplo das duas dezenas de registros de crimes contra policiais penais, o que serviu de subsídio jurídico à decretação e manutenção da segregação provisória.