A Polícia Civil do Pará deflagrou, na manhã desta quarta-feira (23), a Operação “Tânatos” para dar cumprimento a mandados de prisão e busca e apreensão em Belém e Ananindeua dos suspeitos de envolvimento na morte de quatro pessoas, que foram encontradas enterradas em um cemitério clandestino em uma área de Ananindeua. Durante a ação, um adolescente foi apreendido e com ele, a polícia encontrou o telefone celular que pertencia ao bombeiro militar Alan Tadeu Neco Vieira, de 26 anos, uma das vítimas encontrada enterrada no cemitério.
O bombeiro era de Parauapebas e estava lotado no Aeroporto de Belém. Na operação, foram cumpridos dois mandados de prisão e um homem foi preso. Um segundo suspeito, apontado como líder da associação criminosa, resistiu à ordem de prisão, efetuou vários disparos contra os policiais, e houve troca de tiros. Mesmo socorrido e levado a uma unidade de saúde, o suspeito morreu.
A operação Tânatos foi coordenada pela Divisão de Homicídios (DH) e é consequência de uma força-tarefa instalada na Divisão de Homicídios desde a ocorrência dos crimes. Durante as investigações, que reuniram mais de 100 agentes, com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE), também foram apreendidos documentos, uma arma de fogo e celulares dos envolvidos.
Todas as vítimas – encontradas em uma área de mata em Ananindeua – já foram identificadas, porém, os corpos de um homem e uma mulher ainda estão no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC), em Belém, e devem passar por exame de comparativo genético com familiares.
Segundo a Polícia Civil, o teste é necessário em consequência do estado avançado de decomposição em que foram encontrados. Em um levantamento preliminar, foi constatado que nenhuma das vítimas tem passagem registrada pela polícia. A ligação entre as vítimas ainda está sendo alvo de investigação.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, a resposta foi rápida nas investigações, apenas 13 dias após a localização das vítimas, foram identificados os criminosos. “A força-tarefa foi composta por inúmeros agentes da Polícia Civil, além da participação direta de outros órgãos que compõem o sistema de segurança pública, como o CPC Renato Chaves, Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, além do reforço e parceria do Ministério Público Estadual. Todos os mandatos foram feitos com provas contundentes que todos os alvos tinham ligação com os crimes”, frisou o delegado.
Ainda de acordo Resende, um quarto envolvido no crime estava se abrigando na casa de parentes no interior do estado, mas no último fim de semana, ele se envolveu em uma briga, foi atingido com tiros de arma de fogo e morreu. A operação continua e as diligências estão sendo feitas na capital e no interior do estado.
Segundo Walter Resende, quem tiver informações que possam ajudar nas investigações, pode repassar para o Disque Denúncia, 181. A ligação é gratuita e o sigilo é garantido.
Tina DeBord