Integrantes do setor de Segurança Pública debateram e apontaram medidas, durante uma oficina realizada em Altamira, sudoeste do Pará, para fortalecer o setor na região do Xingu. A oficina faz parte da programação do “Segurança Por Todo o Pará”, que foi lançado no município, nesta terça-feira (9).
Participaram do debate integrantes das polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros Militar, da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e do Departamento de Trânsito (Detran). A oficina integra o Plano Tático Operacional.
Na oficina, realizada no período da tarde, no auditório do Sindicato dos Produtores Rurais de Altamira, os agentes que trabalham diariamente na linha de frente apresentaram os problemas identificados na região do Xingu e também propostas de melhorias para o fortalecimento da Segurança Pública, visando reduzir a incidência de crimes na região. Divididos em grupos, os servidores dialogarem sobre quatro eixos: Repressão qualificada com foco no infrator; Prevenção social com foco no meio; Gestão e governança; e Defesa social com foco na vítima.
Com base na construção coletiva, uma matriz de ações é consolidada para compor o Plano Tático Operacional do projeto e inseri-lo no Comitê Integrado de Segurança Pública e Defesa Social (Cisped-Xingu) para ser colocado em prática. “Durante a construção, surgem demandas como reformas em quartéis, construções de delegacias, aquisição de material, como armamentos, mais equipamentos para perícias, viaturas etc. Então, nessa mesa são expostas as dificuldades das forças locais que irão compor futuramente o Plano Tático. Após passar pelo Cisped, o plano chegará aos comandos maiores de cada força por meio do Conselho Integrado dos Gestores da Segurança Pública (Cigesp), que irão avaliá-lo, ver o que é possível, o que tiver coerência e, aí, tomar as providências necessárias, adquirindo ou não os materiais que foram propostos”, informou o coordenador do Núcleo de Gestão Operacional (NPO), coronel Marcus Vinicius Castro Alves.
O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, observa que o grande diferencial desse projeto é que sua construção é coletiva. “Os problemas encontrados na região do Xingu são diferentes dos problemas enfrentados, por exemplo, em Belém e, por isso, precisam ser tratados de forma diferente. Altamira já esteve entre as 20 cidades mais violentas do mundo. Hoje, reconhecemos que muito ainda precisa ser feito, mas também que muito já foi alcançado”, frisou o secretário
Para o coronel Henrique Pereira, titular do Comando de Policiamento Regional VIII, a integração entre as forças de segurança pública já existe, porém a partir de agora contará com metodologia. “Os gestores locais se conhecem. Só que nós não temos uma metodologia de trabalho definida. Então, a vinda do projeto pra cá vem trazer essa concepção, essa metodologia. As expertises pra tomar as decisões e sinalizar o caminho que deve ser percorrido pra ter a maior possibilidade de assertividade para as soluções que a região precisa que sejam tomadas”, frisou o comandante.
O coronel também avaliou positivamente a realização da oficina. “A oficina traz uma concepção de conhecimento que parte das ideias de identificação do problema, soluções, propostas e metas pelos próprios componentes do efetivo local do Sistema de Segurança Pública. Sem dúvida alguma, é uma abertura para o diálogo entre as instituições que vêm construir esse conhecimento, para a solução dos problemas”, acrescentou.
Tina DeBord- com informações da Segup