As notícias e as grandes campanhas da Vale sempre mostram o lado bom da empresa, que está sempre em crescimento, alcançando lucros extraordinários e fazendo vultosos investimentos. Mas tem um lado que não aparece. Por isso, bravamente, movimentos sociais se reúnem, estudam e elaboram documentos sobre o que acontece por de trás da grande mineradora Vale.
O Justiça nos Trilhos traz notícia sobre Relatório da Federação Internacional de Direitos Humanos e de Justiça Global a respeito dos impactos sobre os direitos humanos da indústria mineira e siderúrgica de Açailândia. Acompanhe as informações a seguir:
Os moradores da comunidade de Piquiá de Baixo e do assentamento Califórnia, localizados no município de Açailândia, no Maranhão, sofrem com a poluição causada pelas carvoarias e usinas siderúrgicas de ferro-gusa que operam a poucos metros de suas casas.
São mais de vinte anos de poluição em Piquiá, e quase dez em Califórnia. Além das guseiras responsáveis pelos danos diretos às comunidades, a Vale desempenha um papel crucial em todo o processo. Protagonista do Projeto Grande Carajás (PGC, elaborado quando a empresa ainda era estatal), a Vale controla toda a cadeia de produção. É ela que extrai o minério de ferro no estado do Pará, o transporta por centenas de quilômetros pela Estrada de Ferro Carajás, vende parte da produção às guseiras instaladas em cidades como Açailândia, e posteriormente transporta o ferro-gusa para exportação.
O relatório “Quanto Valem os Direitos Humanos? – Os impactos sobre os direitos humanos da indústria mineira e siderúrgica em Açailândia” analisa os impactos da mineração e da siderurgia na saúde e no meio ambiente das comunidades estudadas, chamando a atenção para o lado esquecido em projetos de desenvolvimento deste tipo. As conclusões do relatório destacam as dificuldades no acesso a informações sobre estudos de impacto ambiental, as dificuldades de obtenção de reparação judicial, bem como o assédio moral e judicial enfrentados pelos defensores dos direitos humanos que denunciam os impactos negativos ligados às atividades da Vale.
Uma semana antes de Murilo Ferreira assumir a diretoria da Vale, o relatório cobra da empresa e de seus parceiros comerciais ações imediatas de reparação às comunidades, incluindo o reassentamento de Piquiá de Baixo.
Fonte: Ambiente em Foco
4 comentários em “Os direitos humanos da Vale”
Eu me recuso a acreditar que o povo de Parauapebas não enxerga que um dos grandes problemas do município é a ROUBALHEIRA. Deve ser mais fácil jogar a culpa em uma empresa do que admitir que não sabe votar. Me citem um prefeito daqui que saiu pobre desta prefeitura.
Olha Rubens, pra falar que o justiça sobre os trilhos é séria, você só pode fazer parte desta corja de aproveitadores. O que falta hoje no Brasil é um movimento social sério, imparcial, e de contas abertas.
Graças a Deus a minha memória não é curta (e muito menos tendenciosa) pra lembrar que quando a Vale tentou fazer com que o polo guzeiro se adequasse às leis ambientais para obter descontos ela foi demonizada e acusada de gerar quebradeira e desempregos. E não venham falar que os guzeiros eram uns coitados que não tinhas dinheiro para investir em meio ambiente, pois linha de crédito (competitivo) pra isso tem de sobra.
Acorda minha gente!!! Ser do contra é fácil. Difícil é ser realista…
Outro dia um cara da vale disse que a vocação produtiva de parauapebas e a agroindústria. Quando lhe perguntei porque então que a vale continua retirando minério de ferro ele respondeu: Não sei
A Vale S/A possui responsabilidade sobre diversas mazelas que assolam este Município e outras localidades mineradoras. Suas ações muitas das vezes são predatórias e atentátorias à dignidade da pessoa humana. A própria condição de trabalho impostas aos seus empregados e aos empregados de empresas terceirizadas são responsáveis por mutilações e afetação à saúde destes. O excesso de horas de trabalho impostas pela VALE, através dos desumanos turnos de revezamento acrescidos do tempo de deslocamento (hora in itinere), são também atentatórios à dignidade da pessoa humana.
Além disso, ainda tem as relações maléficas com a comunidad da zona rural, os denominados superficiários, que são vitimados pela falta de informação, pela falta de respeito e pelas ameaças em relação às negociações devidas em razão da instituição d servidões adminiostrativas para estradas, ferrovia, linhas de transmissão, pesquisas, acessos, etc…
Todos os dias, todas as horas, à todo momento a sugação, a exploração, a imposição do lucro exagerado sobre o respeito à sociedade, o bem estar social e ao desenvolvimento, são causas fundamentais para tanta miséria.
A ONG Justiça nos trilhos promove um trabalho sério, científico e de profundo envolvimento social, cujos resultados de pesquisas e estudos revelam verdadeiramente a verdadeira face deste sagrado monstro do capitalismo.
Caro blogger, está a sua disposição um documentário denominado “não vale” e uma revista especial sobre o filme.
Qualquer dúvida com relação ao que escrevi ou necessidade de provas ou indícios sobre as afirmações aqui contidas, basta solicitação formal que as apresentarei.
Rubens Moraes Junior
É a velha história do BÔNUS e do ÔNUS. Para nós ficam os ônus de um grande projeto. Parauapebas é um exemplo do descaso!