A propósito da execução de Osvaldo Rolim Albuquerque, em Ourilândia do Norte, na madrugada do último domingo (8), a Polícia Civil esclarece que os homens que o mataram, não têm ligação alguma com a mãe de uma criança de 6 anos de idade, supostamente estuprada pelo homem, conforme disse, na Delegacia de Polícia Civil, Anthony Alencar José Ribeiro, preso junto com Breno Henrique Dias.
Na ocasião Anthony afirmou que era amigo da mãe da criança supostamente molestada e que a execução de Osvaldo foi o castigo pelo crime que ele era acusado de ter cometido. Mas, em verdade, afirma a Polícia Civil, em nota, os matadores pertencem ao chamado “tribunal do crime” de uma organização criminosa, cujo objetivo é de ter o controle do tráfico de drogas na cidade.
Esse “tribunal” acusa e condena pessoas sem qualquer possibilidade de defesa, como fez com Osvaldo, cuja mulher foi agredida e está internada no Hospital Municipal de Ourilândia, informa a polícia.
“Alertamos a sociedade sobre o risco de apoiar pessoas que se apresentam como justiceiros, pois o objetivo dessas é tão somente mascarar a vontade de cometer crimes. Ademais, tais condutas agravam o risco morte/linchamentos de pessoas inocentes, como ocorreu recentemente em Tucumã”, salienta a nota.
O comunicado destaca que o caso de Osvaldo Albuquerque estava na fase inicial da investigação do suposto crime de estupro de vulnerável, “cujas provas da autoria seriam apuradas com a observância dos direitos constitucionais da presunção de inocência e da ampla defesa, o que foi plenamente ignorado pelos suspeitos do homicídio”.
“No corrente ano, a Polícia Civil cumpriu 12 prisões por estupro de vulnerável e todas as denúncias foram investigadas, finalizadas e suspeitos indiciados”, acentua a nota.
Diz ainda da PC que havia mandado de prisão contra Osvaldo, que somente não foi cumprindo no dia 7 devido à vedação constitucional do período noturno, mas seria cumprido logo pela manhã do dia 8.
(Com informações do repórter Jucelino Show, de Tucumã)