A produção de gases medicinais no Hospital Municipal de Marabá (HMM) já funciona há três anos, no próprio prédio da casa de saúde pública. O sistema produz 20 metros cúbicos de oxigênio por hora e é interligado diretamente na rede do hospital, suprindo a necessidade de consumo, essencial neste momento de pandemia.
“O oxigênio é basilar para a sobrevivência do ser humano, ainda mais neste momento de Covid-19, que tem acometido os pulmões. Nós, aqui na região de Marabá, temos uma usina que nos fornece oxigênio, independentemente de outros parceiros ou não. E, dentro do hospital, nós temos 250 pontos de oxigênio e ar comprimido. Temos também, devido à demanda muito grande, uma ala que não é tubulada. Por isso, temos a necessidade de encher alguns balões,” esclarece Fabrizzio Bastos, diretor administrativo do HMM.
A usina, que tem capacidade de produzir até 30 metros cúbicos por hora, também possui dois enchedores para abastecer 22 cilindros para o uso hospitalar. Além do consumo interno, de acordo com Fabrizzio, a usina também tem atendido outros serviços de saúde fora do hospital.
“Nós também fornecemos oxigênio para o Samu e para o Home Care, que é uma assistência da Secretaria de Saúde para aqueles pacientes que ficam em casa e necessitam do balão de oxigênio,” observa o diretor.
Melquisedech Costa, auxiliar de manutenção que atua na usina de oxigênio, pontua que o processamento funciona 24 horas por dia. Ele explica que a captação é feita pelo próprio ar, que fica armazenado em reservatórios. Na próxima etapa, passa por uma filtragem para retirada de impurezas. Em seguida o ar vai para uma secadora e começa um processo de separação do oxigênio e nitrogênio. A partir daí, o oxigênio com alto grau de pureza será utilizado para salvar vidas.
“Quando passa por essa última máquina, vai ser armazenado em reservatórios interligados na rede e acaba descendo, o ar medicinal e o oxigênio, em todos os pontos dentro do hospital. Nunca vai faltar o ar. Quando o paciente precisar, sempre terá,” afirma o auxiliar de manutenção. (Fonte: Ascom/PMM)