A paciente Elisvane Brito da Silva, que sofre de linfoma não-Hodgkin difuso, obteve uma vitória na Justiça, no município de Jacundá, no sudeste paraense. O Judiciário determinou ontem, quarta-feira (10), que a Secretaria Municipal de Saúde custeie as despesas do tratamento fora do domicilio (TFD), com passagens e ajuda de custo/diárias, em Barretos (SP), onde ela se submete a tratamento no Hospital do Amor há um ano.
O caso teve repercussão na região, após a publicação em sua rede social, sobre o drama vivido para realizar o tratamento no Estado de São Paulo, e a dificuldade em obter auxílio para o custeio de viagem, alimentação e estada. Em poucas horas, dezenas de compartilhamentos na Internet espalharam o apelo.
Elisvane recorreu à Secretaria de Saúde Jacundá, em janeiro deste ano, para ter direito ao recurso financeiro do TFD. No entanto, teve o pedido negado, sob alegação de que o sistema de Saúde Pública do Pará oferece o mesmo tratamento. Diante da recusa, ela recorreu à Justiça.
Nessa quarta-feira (10), o juiz titular da Comarca de Jacundá, Jun Kubota, expediu a ordem, que vale até que exista um laudo médico a dispensando do tratamento. Ou seja, até que ela esteja curada.
O que é linfoma não-Hodgkin difuso?
O linfoma não-Hodgkin (LNH) é um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático e que se espalha de maneira não ordenada. Existem mais de 20 tipos diferentes de linfoma não-Hodgkin.
O sistema linfático faz parte do sistema imunológico, que ajuda o corpo a combater doenças. Como o tecido linfático é encontrado em todo o corpo, o linfoma pode começar em qualquer lugar. Pode ocorrer em crianças, adolescentes e adultos. De modo geral, o LNH torna-se mais comum à medida que as pessoas envelhecem.
(Antonio Barroso, com informações do Inca)