O padre Patrick Fernandes, da paróquia de Parauapebas, sudeste do Pará, será entrevistado pelo comediante Danilo Gentili nesta segunda-feira (25), no programa The Noite, no SBT, à meia noite. Ele ganhou fama com sua página do Instagram, que já acumula mais de 6 milhões de seguidores, e onde responde perguntas curiosas dos fiéis de forma divertida.

Atualmente, o padre também está rodando o Brasil com o espetáculo “Fora da Caixinha”, no qual apresenta reflexões sobre a vida e Deus, respondendo presencialmente às famosas “caixinhas de perguntas” que o fizeram famoso no mundo virtual.

Natural de Santo Antônio do Canaã (ES) e ordenado em Marabá, Patrick Fernandes decidiu ser padre aos 18 anos, após um retiro. Apesar do sucesso e do show que o leva por todo o país, ele enfatiza que a paróquia permanece sua prioridade: “Sou padre em primeiro lugar, a internet é um acréscimo. Minha primeira vocação é em Parauapebas, no Pará. Quando estou lá, rezo as missas todos os dias, atendo confissão e todas as coisas”.

Com o comediante e apresentador do programa The Night, o padre compartilha sua reticência inicial com a popularidade que angariou nos cinco meses sem missa durante a pandemia, após uma década de sacerdócio. Eventualmente, começou a enxergar o humor como uma ferramenta.

“Durante muito tempo, me condenei e ficava preocupado de ser visto como um palhaço. Não queria porque achava que isso empobrecia o meu ministério. Mudei essa percepção quando comecei a sair da minha paróquia e comecei a encontrar pessoas agradecendo por algo que disse,” conta a Gentili. “Essa imagem do padre triste e amargurado com a vida, não convence. Jesus não era assim, pelo contrário, conseguia atrair as pessoas por ser uma pessoa agradável de estar por perto. Se não tivermos essa leveza e senso de humor, acabamos transmitindo uma fé pesada e sem algo que possa atrair de verdade”.

O padre aproveitou o convite na data festiva para deixar um recado aos telespectadores: “Desejo um Natal cheio de luz. Que a gente possa sentir, de alguma maneira, a presença do menino Deus e, acima de tudo, rever a nossa vida”.

E concluiu: “Sempre estamos em tempo de mudar um pouco a nossa rota, ver como prioridade as pessoas e não tanto as coisas, aprender a se doar mais, dar mais de si do que presentes… Isso faz toda a diferença. Pedir perdão para quem precisa pedir e transformar o coração em uma manjedoura, onde o menino Deus possa nascer”.